EBD LÇ. 01 01/07/2018 “LEVÍTICO, ADORAÇÃO E
SERVIÇO AO SENHOR”.
Com minhas desculpas pela demora na publicação.
O que escrevo com base nos textos da lição, representa o meu pensamento
e o que posso extrair para o ensino na Escola Bíblica Dominical,
lembrando que os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam
usufruir de um bom e seguro ensinamento. Eles funcionam como
polinizadores; sim, eles dão fruto para o Reino de Deus.
PONTOS:
I – LEVÍTICO UM LIVRO POR
EXCELÊNCIA.
II – A CEREZA DA AUTORIA MOSAICA.
III – OCASIÃO DO NASCIMENTO DE
ISRAEL.
IV – O OBJETIVO DE
LEVÍTICO.
I – LEVÍTICO UM LIVRO
POR EXCELÊNCIA.
1.1 O nome do livro.
Todos nós
sabemos pela intimidade com a bíblia que o pentateuco corresponde aos primeiros
cinco livros da bíblia.
GÊNESIS, ÊXODO,
LEVÍTICO, NÚMERO E DEUTERONÔMIO.
Levítico, o
terceiro da lista e o autor da lição
considera o significado literal, “Vaicrá” (original hebraico) como sendo
conhecido pelos significados de “e chamou”, “e separou” e “e santificou” que é
o que dá o tom ou sentido deste livro como organização religiosa ou espiritual
do povo de Israel.
É bom saber
que na erudição judaica, diz o autor, Levítico é conhecido por “Torath
Kohanin” – A lei dos sacerdotes.
1.2 Estrutura do
livro.
Como é bom
aprender e aprendo com todos.
O Levítico
segundo o autor e tantos estudiosos biblicistas possui a seguinte construção:
27 capítulos,
859 versículos e aproximadamente 24 mil palavras.
Nele ainda se
encontra, segundo o texto da lição, 26 promessas quanto ao proceder obediente
de quem professa adorar a Deus.
Nele
temos: Mandamentos, proposições,
narrativas e profecias, além é claro, do simbolismo que sempre remete à Cristo.
1.3 Singularidade do
livro.
Segundo o
autor a singularidade do livro está em que, é um manual referente a forma
correta de se adorar a Deus e que embora tenha sido redigido por um profeta, foi dirigida aos sacerdotes.
Na igreja
somos todos “(*)sacerdotes” e igualmente “adoradores”.
(*) Sacerdote
aqui, não aponta nem por sonho, a estrutura do sacerdócio vétero-testamentário;
é bom não querer inventar.
1.4 As divisões de
Levítico.
Vou expor
tentando facilitar sua leitura, para o menos acadêmico possível:
Nove seções.
As seções apontam para o conjunto de temas.
Ofertas, lei
das ofertas, Consagração, uma transgressão com exemplo, um Deus santo exige um
povo santo, expiação, a conduta do povo de Deus, as festas de Jeová, instruções
e avisos.
1.5 Origem divina e
humana do livro.
À semelhança
dos demais livros da bíblia o Levítico é um texto verdadeiramente humano e
verdadeiramente divino, escreve o autor e completa dizendo que logo no
principio, já deixa patente sua autoria e coautoria:
“E chamou o
SENHOR a MOISÉS e falou com ele da tenda da congregação”. Levítico
1:1.
Essa é a
parte que incomoda o mundo leitor de forma geral; ficam incomodados com os
mistérios dessa revelação e procuram como agulha no palheiro, desqualificar a
Palavra de Deus.
Rs.
Coitados!
1.6 Excelência
literária do livro.
Primeiro, a
inspiração do livro em cada página; incomparável a tudo o que se lê e até os
mais elaborados da história antiga quer seja o livro dos mortos dos antigos
egípcios (a Bíblia é dos vivos) ou escritos de entre os povos primitivos da
mesopotâmia.
Ainda segundo
o autor, o Levítico pode ser compreendido como o livro da transição ou ponte
entre o Êxodo e Números seguido do Deuteronômio.
II – A CERTEZA DA
AUTORIA MOSAICA.
2.1 Deus, o autor divino.
(Lv. 1:1) “E chamou o SENHOR a Moisés, e falou
com ele da tenda da congregação, dizendo: Isto por sí mostra a presença e autoria do
Senhor.
A chamada acima dá autenticidade à autoria divina.
Vou usar aqui uma conhecida figura que certamente vai facilitar o entendimento:
As marionetes são aqueles bonecos articulados que se
movimentam sob o comando das mãos do seu
possuidor e é exatamente assim que vemos em toda Escritura Sagrada, com a
diferença que Deus conserva o arbítrio e
consciência do homem, não lhes negando sequer os questionamentos naturais a
exemplo de Abraão quando foi informado sobre a destruição de Sodoma e Gomorra
Leiam (Gn. 18) a partir do verso 18.
2.2 Moisés o autor
humano.
O autor considera Moisés o homem mais sábio
que o mundo conheceu segundo a sua própria opinião excetuando o Senhor Jesus
Cristo.
A sabedoria de Moisés como a de José, Salomão,
Daniel e tantos outros, para mim, mostra
que o Senhor interfere na inteligência de “alguns” homens cujo coração esteja
totalmente inclinado para fazer a sua vontade.
Com relação a Jesus, por nada faria qualquer
comparação, nem mesmo por simples insinuação considerando que nele, habitava corporalmente toda a plenitude da divindade.
(Cl.2:9) isto é; Deus estava em Cristo (2Co.
5:19)
Com relação a Moisés, o autor descreve a sua
cultura e aprendizado no Egito.
Moisés foi instruído em toda a ciência do
Egito e um homem poderoso em palavras e
obras. (Atos 7:22).
Com certeza esse conhecimento adquirido
capacitou Moisés a escrever, declarando-o indubitavelmente autor do livro.
Assim temos o Levítico; um livro realmente profunda
riqueza literária tanto quanto a riqueza de imagens, símbolos e tipos.
Da imagem; retrato na mente a
hora do culto coletivo e dos sacrifícios. Do lado de dentro da tenda da tenda
da congregação, os sacerdotes e fora, os
hebreus que iam oferecer seus
sacrifícios.
A imagem reproduzida em Levítico, dos objetos ao culto e os sacrifícios não era a imagem exata das coisas, pois um
olhar no futuro e tudo aquilo mostrava o Filho de Deus envolvendo-se em toda a
trama do altar do sacrifício como oferta única e pelo altar do incenso, o olor da sua pureza e
santidade.
2.3 O idioma original.
O tópico é longo, tentemos simplificar para cobrir o tempo.
O autor começa falando de Abraão, pois desse Patriarca temos a nação
hebraica com sua linguagem própria, mas no princípio não foi assim, lembrando
que Abraão fora morador da Mesopotâmia de onde saiu a tribo nômade dos hebreus.
Abraão certamente tinha a influência linguística dos acádios.
Considera-se a língua de Abraão como pré-hebraica que mais tarde se
mistura a língua dos moradores de Canaã.
A língua semítica dos cananeus facilita o trânsito de Abraão pela
região. Ao longo de provavelmente 500 anos, até Moisés, a língua hebraica foi
se aperfeiçoando.
Segundo o autor na lição, declara que o isolamento do povo hebreu na
terra de Gósen levou a esse aperfeiçoamento e assim, considera que se Moisés
tivesse escrito sob a influência dos hieróglifos egípcios ou a escrita
cuneiforme dos acádios, não teríamos a revelação que abraçamos.
Seu contato com a escrita sinaítica ou proto-sinaítica um dos alfabetos
mais antigos, foi com essa linguagem que Moisés recebeu de Deus toda a revelação
espelhada ao longo dos seus 27 capítulos.
Lembrar que toda escrita e forma de comunicação aconteceram após a
divisão das línguas quando foram espalhados por Deus na tentativa de construir
uma torre.
2.4 A escrita pentatêutica.
Este tópico é carregado de informações de
caráter acadêmico o que certamente está fora do alcance da maioria absoluta dos
nossos crentes, sem desprezar a necessidade do conhecimento histórico das principais línguas, já comentadas nos
tópicos anteriores.
III – OCASIÃO, O NASCIMENTO DE ISRAEL.
3.1 A data da redação do Levítico.
O autor fala da cronologia bíblica geralmente aceita e assim, estima-se que o
Levítico foi escrito por Moisés em 1445 aC.
Para chegar a conclusão da data, os estudiosos
tomam como referência a movimentação e os fatos que nortearam a vida do povo
hebreu até chegar em Canaã.
Nada muda do ponto de vista teológico ou da
nossa fé, pois por mais insistente que sejam as discussões em torno do assunto,
para nós basta e devemos nos ater na importância do legado que Levítico
representa para o povo de Deus, tanto dos judeus como dos gentios.
Realmente, com Levítico aprendemos como Deus
era zeloso com o seu povo assim como é conosco em nos dar o maior penhor que
alguém possa desejar; o seu próprio Espírito Santo.
3.2 O período do Levítico..
O autor faz lembrar de dois episódios que de
certa forma, contaminaram o futuro do povo:
O bezerro de ouro, (Ex. 32) e o segundo a
incredulidade de quem achava nunca conseguir a posse da terra prometida.
Esses acontecimentos nos remetem para os dias
atuais em que a igreja do Senhor, a Eclésia ou ajuntamento representado pelas
igrejas espalhadas no mundo, tem sido fragilizado com apostasias e heresias de
toda ordem e natureza.
Enquanto isso a verdadeira igreja representada
por crentes fieis marcha impoluta, ao encontro do noivo Jesus.
3.3 A peregrinação e o atraso.
Quem possui a lição bíblica, recomendo a
leitura deste tópico que trata do seguinte tema:
O atraso na chegada em Canaã. O que poderia
acontecer em dois meses, durou quarenta anos de peregrinação e assim, uma
geração inteira vinda do Egito, morreu no deserto nesse tempo.
Se há algo que Deus reprova é a desobediência
às suas instruções.
Se o Levítico levou a organização do povo, os
textos apostólicos revelam que estrutura de vida cristã precisamos viver para
agradar aquele que nos alistou ara essa batalha até chegarmos na Canaã
Celestial.
3.4 A congregação no deserto.
O autor propõe discussão sobre a construção,
ou melhor dizendo, a fabricação de tendas portáteis como o tabernáculo caso a
peregrinação durasse apenas dois meses para algo mais definitivo? Claro que concordamos.
Alguém pode achar que Deus induziu o povo a
pecar para que tudo acontecesse dessa
forma? Não!
Há muitos fatos ocorridos e registrados na
bíblia que podem lançar dúvidas quanto a integridade de Deus, mas a razão é
simples não podemos nos esquecer que Deus é onisciente, onipresente e
onipotente e assim prevendo castiga o cérebro pensante dos pobres mortais
quando lemos descrições quase que antecipando os fatos.
A desobediência traz retardios e atrasos em
todos os sentidos, diz o autor.
IV – OS OBJETIVOS DE LEVÍTICO.
Vou tentar simplificar esse quarto ponto da
lição:
4.1 Objetivo doxológico. – Forma litúrgica do
culto que Deus queria que fosse celebrado pelo se povo.
4.2. Objetivo hagiológico – Tratado ou estudo
da vida dos santos ou dos seus exemplos no serviço a Deus. Devemos considerar,
segundo o autor duas fases; a busca e separação do homem em relação ao mundo e
leva-lo a santificação pelo ensino e pela graça do Senhor.
4.3 – Objetivo didático – O aprendizado, hoje
chamado de discipulado. O conhecimento dos princípios rudimentares tão
importantes para o crescimento na fé.
4.4 – Objetivo diaconológico – ensinar o modo
de melhor servir a Deus, hoje chamado de diaconia ou serviço cristão e assim, o
hebreu foi ensinado em como melhor servir o Senhor.
4.5 Objetivo missiológico – Aquele que se
deleita em fazer o bem para o engrandecimento do Reino de Deus. Em todo tempo Deus
se mostrou preocupado com o seu ovo quanto a inércia ou ação efetiva.
---
----------------ooooo----------------------------
Aos Irmãos coordenadores ds e EBD: Não torne a lição, um caderno
inútil, fazendo valer os seus argumentos, um estudo à parte desta ferramenta.
Recebo muitas reclamações de irmãos frustrados por conta disso. Há quem crie
argumentos, tão à parte, que inutiliza até o tema proposto para estudo.
Caro professor, presenteie seus alunos
com a “Declaração de Fé das Assembleias
de Deus”. É um material barato e seus alunos irão mostrar gratidão pelo gesto.
Uma lição difícil para a maioria do nosso povo e longa para um período de aula de no máximo 50 minutos com uma linguagem altamente acadêmica.
ResponderExcluir