EBD LÇ. 09
27/08/2017 “A NECESSIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA”.
O que escrevo com base nos textos da
lição, representa o meu pensamento e o que posso extrair para o ensino na
Escola Bíblica Dominical, lembrando que
os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam usufruir de um bom e
seguro ensinamento. Eles funcionam como polinizadores; sim, eles
dão fruto para o Reino de Deus.
Aos Irmãos coordenadores de EBD: Não torne a lição, um caderno inútil, fazendo
valer os seus argumentos, um estudo à parte desta ferramenta. Recebo muitas
reclamações de irmãos frustrados por conta disso. Há quem crie argumentos, tão
à parte, que neutraliza até o tema proposto para estudo.
PONTOS:
I – DEFININDO OS TERMOS.
II – A NECESSIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA.
III –
A POSSIBILIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA.
A leitura de livros faz dos homens grandes conhecedores da vida e das profissões, mas a frequente leitura da Bíblia faz os homens se parecerem com Deus; quando lida e obedecida!
I – DEFININDO OS TERMOS.
1.1 A santidade de Deus.
O texto do autor neste
tópico é pleno.
É muito difícil achar
palavras que definam Deus com ponto de referência para nós.
a) Por que Deus é de
natureza santa e assim nos criou originalmente.
b) Seria muita fraqueza
humana apontar Deus como referência para nossa vida. Ele é antes de tudo e
amando-o naturalmente mantemos nossa vida santa, porquanto ele é santo.
Na antiga aliança, a
ordem para Israel é que fossem santos:
(Lv. 20:7) “Portanto santificai-vos, e
sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus.”.
Na nova aliança:
(IPd. 1:16) “Porquanto está escrito: Sede
santos, porque eu sou santo.”.
1.2 Significado.
Por partes:
O autor traz importantes definições quanto
ao significado de ser “santo”:
Quando aplicado à religião de Israel, tem a ideia de “separar para Deus,
retirar do uso comum”.
No caso de Israel, por
motivos que sabemos pela Palavra de Deus e considerando ainda o valor moral e
espiritual de Israel, o conceito de
santidade abrangia os homens, as coisas (objetos) e principalmente tudo o mais
que fosse objeto de culto, usados na tenda da congregação e depois no templo.
Outra definição do autor
não menos interessante é que santidade, ligava a tudo o que fosse retirado do
uso comum para Deus.
Esses conceitos
ultrapassaram a barreira do tempo entre o antigo e novo, exceto quanto a
objetos, alcançando apenas as nossas vidas.
No que tange a objetos de
culto nos nossos dias, tratamos com igual valor moral por óbvias razões e dou
como exemplo:
Não se pode compreender
que um músico use seu instrumento para louvar a Deus e faça uso do mesmo em
shows mundanos.
(Sl.137:3,4,) “Pois lá aqueles que nos
levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os
alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião. Como cantaremos a
canção do Senhor em terra estranha?”.
1.3 Exclusividade.
No Antigo
Testamento e lógico, entre o povo de Israel, tudo o que era consagrado, era
exclusivo para uso “santo” e o exemplo mais forte disso estava na proibição de
usar o incenso santo fora do seu lugar e das suas medidas.
(Ex. 30:37) “Porém o incenso que fareis
conforme essa composição, não o fareis para vós mesmos; santo será para o
Senhor.”.
E como fica isso no Novo Testamento. O
autor cita dois textos; vejamos:
Cl. 2:16 e 17 – Não devemos ser julgados
por nada que pareça de valor sagrado que eram sombras dos bens futuros, é o que
diz o texto.
Há exclusividade em objetos e prédios
dedicados ao culto praticado pelas igrejas?
É comum irmãos comprarem instrumentos, por
exemplo, e pedir para que o pastor ore para consagra-los. Sempre achei isto,
muito complicado por que não consigo dissociar o instrumento do seu dono, então
prefiro orar pelo dono e agradecer a Deus pela aquisição.
Quanto ao lugar de culto, seja templo,
salão ou sala de uma casa, podemos orar por dedicação e como um lugar dedicado
a culto, deve ser alvo de cuidados por todos os membros.
II – A NECESSIDADE DE TERMOS UMA VIDA
SANTA.
2.1 Israel.
O texto neste tópico é simples e muito
claro, mostrando o autor que Israel como nação fora escolhida por Deus para
viver uma vida separada das nações que já ocupavam Canaã, mergulhados na
idolatria e nas práticas rejeitadas pelo Senhor a exemplo de Sodoma e Gomorra.
Israel que era um “estado teocrático”
devia obedecer as leis emanadas do Sinai. Não era a faculdade de agir, mas
submeter-se a vontade de Deus pela ordenança.
Podemos afirmar que havia dois grupos de
israelitas? Sim! Os que se santificavam pelo amor a Jeová e os que obedeciam
por força da lei.
2.2 A igreja.
Se as leis ditadas no Sinai não dizem
respeito a igreja, qual então a relação consensual entre Israel e a igreja ou
entre o Antigo e o Novo Testamento?
Há questões que passaram por sobre a
mudança da situação dispensacional entre a Lei e a Graça.
O dever de ser santo não se restringiu a
vida de Israel, alcança a igreja, alcança nossas vidas.
(Hb.12:14) “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o
Senhor.”.
2.3 Uma exigência natural.
Para não dizer que a igreja não tem normas
a seguir, queremos mencionar a decisão da assembleia ocorrida em Jerusalém e
que decisão tomaram:
(Atos 15:28-29) “Na verdade pareceu bem ao Espírito
Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas
necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do
sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se
vos guardardes. Bem vos vá.”.
Percebam que até nessas regras básicas os
apóstolos recomendaram: “... das quais coisas BEM FAZEIS se vos guardardes...”.
A igreja tem o dever de acompanhar as
mudanças sociais para alertar os fieis contra tudo o que fere principio da “santidade”.
III – A POSSIBILIDADE DE TERMOS UMA VIDA
SANTA.
3.1 A santificação posicional.
Pode-se também considerar
a “santificação posicional” como mudança de “status”, porém, a que acontece no
interior, abrindo espaço para a vida de comunhão com Deus.
Uma pergunta recorrente é
a de quem quer saber se a santificação ocorre no exato momento da decisão pela
fé em Cristo?!
Prefiro sempre dizer que
a santificação posicional ocorre no exato momento do parto; do novo
nascimento. O que confunde é que muitos
crentes (uns mais outros menos) demoram a eliminar todos os vícios do passado,
notadamente os vícios da fala, do cigarro e outros, da bebida.
3.2 A santificação real.
É a condição de
“santificação” que caminha na medida do conhecimento de Cristo.
É possível compreender
que muitos crentes persistam em erros por não compreender Cristo na sua
plenitude de graça.
Alguns aspectos da vida
cristã, parecem caminhar juntos com a
santificação como; o amor ao próximo e a causa.
Assim podemos afirmar que
santificação é um processo; processo que nunca tem fim. Santificado hoje,
amanhã e sempre.
3.3 A santificação futura.
A rigor não haveria razão
para se falar em santificação futura após o arrebatamento e o autor usa
“glorificação” o que está correto, citando Fl. 3:11.
“Para ver se de alguma
maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos.”.
3.4 É possível ser santo?
Alguns misturam padrões morais com santidade. Se padrão moral
fosse santidade; há muita gente ainda não crente que tem um padrão de vida
moral “invejável”.
Há muitas minúcias que
passa imperceptível arranhando a “santidade” e muitos não percebem essas
subtilezas e algumas, nem tanta
subtileza assim.
Prejudicar o semelhante
para tirar vantagens, comprar produtos pirateados, comprar e não pagar, pedir
empréstimos e além de não pagar, ainda ficar mal com quem emprestou, fazer gato
de luz, água e internet e não tratar com
urbanidade os membros da igreja ou até mesmo o pastor.
O QUE NÃO É SANTIDADE.
Recusar uma vida social
com pessoas não crentes por achar que isto irá prejudicar sua vida cristã.
Recusar convite para
participar de festa de aniversário de familiares ou amigos por não serem
crentes.
A maior estupidez que
ouvi nessa área foi de um colega de trabalho que disse recusar refrigerantes e
encerar a própria casa, o que não entendi.
Recusar o pão da padaria
para o seviço da ceia do Senhor, por que mãos ímpias o fizeram.
A relação é grande!