A vida não me proporcionou
militar no campo do direito, apesar da vontade. Do lado de cá da poltrona, ouvimos
e assistimos a produção de pérolas para defender o que visivelmente é
indefensável, senão vejamos:
Vou usar o plural, pois tenho
certeza que não sou o único a pensar assim; creio que espalhados pelo Brasil,
estão famílias que perderam seus entes queridos, tudo porque, um individuo
resolveu virar a garrafa ao som de piadas e conversas fiadas, para em seguida
dirigir o seu carro sem a mínima condição e destruir sonhos. Há muitos anos,
fomos vítimas dessa barbárie e me lembro do sufoco, para ver a tentativa de
evitar o flagrante em cima do sujeito que, se pingasse limão na sua cabeça,
daria uma caipirinha.
É comum, o cidadão estar
envolvido em crimes hediondos ou não e quando apanhado pela polícia, declarar
que só fala em juízo. A razão para isso é que ele entende e tem garantias
legais, por motivos que agora dispensamos comentar que não deve dar declarações
precisas para instauração do inquérito policial, para não produzir provas
contra si mesmo. Cabendo obviamente a polícia, a investigação dos fatos e a
produção de provas que o incriminem.
Não é assim, quando pessoas matam
no trânsito e outras são apanhadas em blitz policial. O que se faz, é garantir
a segurança pública verificando se o motorista tem ou tinha condições de
dirigir o seu veículo. Outra forma de produzir provas, e o individuo não pode
fugir a responsabilidade, é a perícia verificar se o veículo estava em condições
mecânicas de circular.
Temos aí, com a lei seca, um remédio
legal para equilibrar as relações sociais.
No caso da lei seca, ela é
benéfica, pois, protege o causador do desastre, para informar no inquérito, que
não estava embriagado. Acidentes envolvendo veículos, nem sempre tem como causa
embriagues casual ou falta de cuidados com o veículo circulante.
Causa-nos preocupação, a decisão
do STJ votar pelo engessamento da lei seca, invalidando o uso do bafômetro e
outros que permitam avaliar o grau de periculosidade por ingestão de álcool e
direção.
Dizem que quem não deve, não
teme.
Se com todo o rigor, burla-se a lei, imaginem sem ela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário