COM MALDIÇÃO SOIS AMALDIÇOADOS.
Um dos mais sérios problemas no
tocante a todo assunto bíblico que exija uma maior participação dos fieis tais
como: Campanhas de oração, dízimos, leitura da bíblia, fidelidade moral, ceia
do Senhor e etc. levam muitos ensinadores a pensar que a força do medo, produz
maiores resultados que o ensinamento baseado na exposição da Palavra de
Deus. Na verdade, sabemos que todo ser
humano, uns mais acentuados, outros menos e alguns, sem qualquer vestígio de
terror, diante da imagem do perigo iminente, possam mantê-los em absoluta
fidelidade a não ser pelo amor e a partir desse pensamento, acharmos que
alguns, se mantém fiéis, pelo medo do inferno ou de sofrer duras penas pela desobediência,
não é tão acreditável.
Mencionamos em algum lugar, o domínio
ditatorial de Maurice Duvalier – o Papa Doc - que por 35 anos longos anos, manteve a sua
ditadura no Haiti, sob o estigma de Vodu. O medo mantinha cativo o povo.
No caso do cristianismo, não
faltou esse tipo de dominação, levando muitos a criticar a existência de um
deus aterrador.
A maldição tem dois aspectos na
Bíblia. O primeiro é a maldição do pecado. Sem querer olhar no dicionário para
informar o sentido gramatical e a sinonímia da palavra, já que o termo está
contextualizado na Bíblia Sagrada, maldição neste primeiro caso, significa
estar sob os efeitos do pecado ou da separação da vida de comunhão com Deus,
portanto, sujeitando-se ao domínio das potestades e da morte. No segundo caso,
temos as maldições vistas na antiga aliança e o próprio Deus, estabelecendo a
melhor condição de vida para o homem, sob pena de estar fora do plano abençoador
de Deus, no sentido de concessão para
uma vida feliz e próspera. Temos os montes Gerizim e o Ebal, estabelecendo as
duas únicas condições, vivendo debaixo da obediência ou na desobediência; benção ou maldição.
Chegamos a Malaquias 4 – Com maldição
sois amaldiçoados. Como o dízimo era além de uma obrigação legal e moral do
povo para manutenção da tribo de Levi e consequentemente do sacerdócio, não dar
o dízimo equivaleria a dizer: Deus! Não estamos interessados nos teus negócios.
Se Deus poderia impedir que as
aves migratórias e outros animais, viessem e destruíssem a lavoura, não faria
absolutamente nada em favor de um povo rebelde a sua palavra. Se o céu se
fechasse , sob sua ordem ou mesmo por acidente, Deus não faria nada para
impedir, já que toda a natureza, está sob a sua regência. O Homem rebelde, não
teria outra oportunidade, não fosse pelo arrependimento.
Já, e, mesmo no antigo
testamento, Deus deixava transparecer o cuidado com o seu povo, quando Balaão
foi contratado para amaldiçoar Israel, (Nm.23 e 24) a palavra do amor de Deus ecoou pela boca do
profeta quando este revelou a Balaque: “Contra Jacó, não vale encantamentos e
nem adivinhação contra Israel” e assim, não foi possível amaldiçoar o povo do
Senhor, por quanto, Deus não tinha visto maldade em israel.
Na desobediência, o próprio homem
atrai para si os males da vida.
Veio a graça; na manjedoura, nos
braços de Maria e nos braços da cruz. Pagou o preço da redenção e tanto nas
suas palavras como nas palavras dos apóstolos, o vocábulo maldição, sumiu! No
lugar da Lei, a doce palavra; “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos
mando”. Jo.15:14.
Soa diferente e logicamente, não
penso que o Espírito de Deus ou Espírito de Cristo ou ainda o Espírito Santo, o
consolador, não atuaria acima e além das palavras faladas e escritas, visto que
ele mesmo, Deus, pelo seu espírito, no-las revelou, tornando impossível que
alguém, pelo espírito da profecia ou pelo dom, possa ir além do que está
escrito.
Assim sendo, maldição, não cabe
nesta graça. Se o crente for infiel, não abrir o coração para a obra do Senhor
e agir como agem os homens sem Deus, duas coisas fatalmente acontecerão:
Primeira – Deus só nos dará com
ele todas as coisas na medida em que dermos a ele ou a sua obra todas as coisas
que lhes são devidas. Isto é promessa da sua palavra. Não estou falando de
salvação que é outro assunto. Estou falando a tudo o que concerne a nossa vida
humana, não obstante, “todas as coisas”, refere-se tanto as materiais quanto as
espirituais, com maior ênfase as espirituais.
Segunda – Ele permanece fiel a
sua palavra e todo pecado por desobediência, terão dois julgamentos, na carne,
com aflições pelo que semeamos e na eternidade pela total desobediência.
O crente pode ser salvo pela graça,
mesmo estando privado de tantas bênçãos concedidas nesta vida, menos ser
amaldiçoado.
confusão é feita por muitos que não tem base bíblica, porém seu cunho escriturístico, é elucidador, esclarecedor e edificante... Parabenizo o nobre, por esta postagem... Abçs
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