EBD LÇ. 10
03/09/2017 “AS MANIFESTAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO”.
O que escrevo com base nos textos da
lição, representa o meu pensamento e o que posso extrair para o ensino na
Escola Bíblica Dominical, lembrando que
os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam usufruir de um bom e
seguro ensinamento. Eles funcionam como polinizadores; sim, eles
dão fruto para o Reino de Deus.
Aos Irmãos coordenadores de EBD: Não torne a lição, um caderno inútil, fazendo
valer os seus argumentos, um estudo à parte desta ferramenta. Recebo muitas
reclamações de irmãos frustrados por conta disso. Há quem crie argumentos, tão
à parte, que neutraliza até o tema proposto para estudo.
PONTOS:
I – A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO.
II – A NATUREZA DAS LÍNGUAS.
III –
SIGNIFICADO E PROPÓSITOS.
IV –
OS DONS ESPIRITUAIS.
O batismo com o Espírito Santo que concede os dons, assemelha-se a boa e indispensável ferramenta afiada facilitadora da obra. E é para os nossos dias.
I – A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO.
1.1 A experiência do Pentecostes.
Devemos considerar
indiscutível a crença ou fé no Batismo com o Espírito Santo, com base nas
escrituras, principalmente a associação das promessas vaticinadas por João
Batista com o cumprimento.
O autor cita Mt.3:11
associado a Atos 1:4,5
O batismo com o Espírito
Santo e com fogo a que João se referiu e que seria operado pelo Senhor, não
tinha qualquer relação com o batismo em águas.
Que culpa temos se os homens torcem a Palavra de Deus ou
simplesmente descreem?!
1.2 Batismo “no” ou “com” o Espírito Santo?
(*)O autor traz um importante pensamento
sobre batismo e imersão. Como ficam os pastores que resolveram adotar a linha
de Calvino, considerando que as igrejas calvinistas batizam por aspersão e
batizam crianças?
(*) Considero a questão acima apenas para
reflexão, entendendo que o professor não deve abrir a guarda para longas
discussões.
Voltemos ao ponto. “no” ou “com”.
O autor considera os dois elementos
gramaticais, legítimos partindo do texto original grego e achamos isso ótimo.
Na nossa gramática, “no” e “com” tem um
sentido diferente, porém se fosse um tempero não alteraria o sabor do alimento.
1.3 Os sinais sobrenaturais.
O autor cita os sinais:
- O som como de
um vento veemente (Atos 2:2).
- A visão das
línguas repartidas como de fogo (Atos 2:3).
- O falar em
outras línguas (Atos2:4).
O autor
considera que os dois primeiros sinais foram exclusivos daquele momento, com o que nós concordamos e não havia qualquer
manto.
O autor
considera que a manifestação foi o ponto de partida da igreja em suas
atividades. Gosto de associar o derramamento do Espírito Santo como o ornamento
da igreja ou da noiva se preferirem.
II – A NATUREZA DAS LÍNGUAS.
2.1 A fonte.
A fonte é indiscutivelmente o Espírito de
Deus que capacitou os apóstolos como canal de comunicação entre os visitantes e que em “outras línguas” puderam
ser compreendidos, nas suas próprias línguas.
Para os judeus, eles estavam embriagados.
(At. 2:13)
2.2 A glossolalia.
Aqui temos um grande problema na questão
da aceitação por parte daqueles que negam
o batismo com o Espírito Santo em nossos dias, mas por conta de muitos dos que
fazem julgamentos com base naquilo que veem a partir dos neopentecostais.
Já li críticas onde o termo “glossolalia”
é usado de forma pejorativa
Para desqualificar
o dom de línguas.
As línguas faladas
pelo dom devem ser restritas aos idiomas conhecidos entre as nações? Se
tivéssemos que discutir essa questão de forma acadêmica, nenhuma das partes
chegariam à conclusões.
Quando Paulo
diz: “Que haja intérprete...” (ICo.14:27) estaria ele se referindo a qualquer
idioma pátrio ou língua estranha, da pátria celestial?
Variedades de
línguas e interpretação constam da relação dos dons espirituais. (ICo.12:10).
Fui batizado com
o Espírito Santo em agosto de 1966 sem “empurrãozinho" e ao longo da vida,
experimentei o falar em línguas o que é uma bênção.
2.3 Sua continuação.
A manifestação do poder de Deus continuou
após o dia de pentecostes, na casa de Cornélio, citado pelo autor e registrado
em Atos 10 e em Éfeso Atos 19:6 como prova de que pentecostes, não era apenas
um sinal, mas o início dos sinais.
Cessou? O homem cessou, mas Deus continua
a operar por sua graça e bondade. Trocaram as reuniões de ensino e oração por
shows, portanto a culpa não é de Deus.
Não temos contas a dar a quem não crê e muito
menos aos que fazem mau uso dos dons o que tem causado muito estrago na
lavoura.
III – SIGNIFICADO E PROPÓSITO.
3.1 O batismo no Espírito Santo não é sinônimo
de salvação.
Sempre houve casos entre
nós, de pessoas serem batizadas com o Espírito Santo, no ato da decisão por
Cristo e alguns atribuem isto a uma obra perfeita e sinal de salvação.
O batismo com o Espírito
Santo, não tem qualquer relação com a salvação e muito menos com a
santificação, pois o dom é dado mediante o quebrantamento de coração e a
vontade de Deus.
3.2 Definição e propósitos.
Há seguimentos
evangélicos que desconhecem a importância do Batismo com o Espírito Santo.
Costumo comparar ao uso
das boas ferramentas na lavoura.
Pregar o evangelho com poder e sem poder. Ambos terão resultados,
todavia com poder, com as ferramentas tanto a semeadura como a colheita terá maiores
resultados.
O que era o evangelismo
no Brasil antes e depois da chegada do movimento pentecostal.
(ICo,2:4) “(...) a minha palavra, e a minha pregação, não
consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de
Espírito e de poder...”.
IV – OS DONS ESPIRITUAIS.
4.1 Os dons espirituais.
A riqueza dos dons concedidos pelo Espírito de Deus é muito
grande e vai do aperfeiçoamento da capacidade humana para fazer o melhor,
(Ex.31:1-4) “Depois falou o SENHOR a Moisés,
dizendo: Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel, o filho de Uri, filho de
Hur, da tribo de Judá, E o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de
entendimento, e de ciência, em todo o labor...”.
(At.9:39) “(...) E, levantando-se Pedro,
foi com eles; e quando chegou o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o
rodearam, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera quando
estava com elas.”. Este é um dom
esquecido.
Até os nove dons espirituais que transforma os momentos de
culto em culto festivo de adoração a Deus e refiro-me a alegria produzida pela
manifestação de Deus em nossas reuniões, claro que somente quando deixamos que
ele opere.
Os dons como descritos na carta de Paulo aos Coríntios, 12:1-4
funcionam para riqueza da comunicação do evangelho e como a vara do pastor, mas
sem desprezar os conselhos bíblicos que proporcionam o crescimento espiritual
sadio.
Línguas, interpretação e profecias; palavra da sabedoria, palavra
da ciência, fé, curas, operação de maravilhas e o dom de discernir os
espíritos.
Percebam que a igreja não pode desprezar o batismo com o
Espírito Santo, pois esses dons são decorrentes desse batismo.
Não há cessacionismo; o que há é falta de quebrantamento de
coração para desejar e receber.
4.2 Os dons são dados aos crentes
individualmente.
São dados para o que for útil ((ICo.12:7).
Não funcionam para simples promoção do crente em cargos na
igreja.
Não funcionam para mostrar que o vaso que recebeu é filho
predileto do Senhor.
Não funciona para mostrar que se fica mais crente.
Não funciona para mostrar que se é santificado.
Funciona exatamente para elevar o crente a categoria de “servo”,
como aquele que “desce” (Fl.2:1-9) para “lavar
os pés” dos que hão de herdar a vida eterna.
COM RELAÇÃO AO BATISMO COM O ESPÍRITO
SANTO.
- Ninguém precisa falar de maneira rápida até dobrar a
língua.
- Não precisa de empurrãozinho de ninguém que manda o “candidato”
falar em línguas como se fossem produzidas pela vontade humana.
- Quem recebe, não fica nos cultos
seguintes olhando a decoração do templo.
- Há sim, uma mudança de atitude para
melhor servir.
Observe-se que há muitos pregadores “batizadores”
que quando vão embora, tudo volta a situação anterior, ou seja, ninguém
permaneceu avivado como mostrado no culto.
É preciso ser batizado com o Espírito
Santo para servir no diaconato ou ministério? Se a igreja é pentecostal, não
faz sentido eleger diáconos que não sejam batizados com o Espírito Santo e pior
ainda para o presbitério; seria romper com o que aprendemos no livro de “Atos
dos Apóstolos”.
O que escrevo acima não tem caráter
impositivo, pois um dos maiores problemas que leva ao desprezo dessa busca é
que há muitos irmãos sem serem batizados com o Espírito Santo que trabalham com
muito mais dedicação do que outros que dizem ter recebido o batismo.
Que haja mudanças.
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