Gostaria de iniciar este texto
citando uma palavra do Apóstolo Paulo que considero a matriz de todo o seu
pensamento apostólico.
“A minha palavra e a minha
pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas, em
demonstração de Espírito e de poder” ICo
2:4.
Como pastor ou como crente em
JESUS, esse texto sempre balançou muito a minha figueira e sempre representou
para mim, um divisor de águas quando penso nas coisas que realizei ao longo de
quarenta e seis anos, servindo o Senhor, cooperando ativamente na obra e
dirigindo igrejas, quando penso ainda, em como deveria ter realizado e o que
faltou.
Contra fatos não existem
argumentos e quando tentamos argumentar para justificar nossas fraquezas, a
coisa fica mais feia ainda.
Todos os avivamentos da história
da igreja, a partir dos últimos dois séculos, produziram muito fruto e enquanto
uma chama apagava aqui, Deus levantava outra ali e fico me perguntando, se Deus
ainda está disposto a estender o seu braço para outro grande avivamento visto
que ele, DEUS, não trabalha sem o homem. O homem é a ferramenta de Deus, não
obstante sabermos que Deus nunca fica sem testemunha. Engana-se quem pensa que
o céu está de férias.
Nunca se ouviu tanto som e ruídos
nesses últimos dias, mas, ficamos a procurar os resultados e o que vemos são
igrejas crescendo sem uma resposta adequada as necessidades humanas. As
pregações são muito bem elaboradas, porém, deveriam balançar o coração, a alma
e o entendimento. Os corações balançam e quando os crentes chegam em casa, se
deparam com os mesmos problemas, as mesmas frustrações e tentam aplacar essas
investidas, acomodando-se nos braços do Mestre pela sua palavra o que já
representa um alívio muito grande. Outros mais impacientes correm para orar nos
montes em busca de aquecimento espiritual e outros correm para os grandes
templos, quem lhes ofereçam maiores possibilidade de vitórias sobre os males.
Qual a principal causa? Quando
leio as grandes discussões levantadas nas redes sociais, percebo que há
sobejamente, conhecimentos bíblicos, mas, faltam ações concretas. Aprendemos
muito nas escolas de teologia e não conseguimos aplicar esse aprendizado de
forma eficaz para o bem do Reino de Deus representado pelas diversas igrejas.
Quem sabe, lembrando alguns
fatos, despertemos a nossa consciência para nos ajudarmos mutuamente na busca daquilo que é mais necessário que o
conhecimento, afinal de contas, “a ciência incha, mas, o amor edifica” ICo 8:1.
Aí, o que vemos: muita discussão vazia, muita crítica e cada vez mais, dando
munição para aqueles a quem criticamos; os pregadores da televisão, onde tudo
parece se resumir.
Quando os missionários Vingren e
Berg aportaram no Brasil, (hoje, muita gente se intitula missionário ou
missionária) sem sequer conhecer o idioma, trataram de pregar a palavra de
Deus, de forma completa, ou seja, com o poder sobre o qual, Paulo tanto falou
em suas palavras. Encontraram muitos inimigos entre crentes e o clero romano.
Muitos pastores foram expulsos de cidades pela igreja católica que até então,
tinham domínio sobre as autoridades locais. Bíblias rasgadas, igrejas queimadas
e perseguidas, crentes sendo chamados jocosamente de “canelas de fogo” e “bodes”
entre outros adjetivos depreciadores. Quanto mais perseguiam, mas os
crentes e pastores, se movimentavam ao
encontro das almas e JESUS, curava, batizava com Espírito Santo e haviam muitas
maravilhas entre o povo. Pouco se sabia sobre escolas de teologia, aliás,
sequer falavam bem o português, razão de zombarias de crentes mais estudados
que não suportavam o “nós fumus pregar em tal lugar...” estávamos ficando muito
espertos. Chegamos a era da inteligência artificial, das escolas teológicas, do
conhecimento do grego e do hebraico e o que sobrou? Gente despejando sabedoria
em todo canto, e a igreja inchando. Muitos falam sobre o pentecostalismo sem
sequer ter noção do verdadeiro significado, uns zombam, debocham descaradamente
no sentido de atingir os vazios barulhentos, acabam ofendendo até o Espírito da
Graça de Deus. A política e os interesses materiais tomaram conta dos púlpitos.
Os debates se avolumam, estamos
sempre a postos para defender e honrar a nossa doutrina nas réplicas e
tréplicas, e o povo, oras o povo, correm para as mundiais e universais e outros
movimentos que arrogam para si, o verdadeiro avivamento que na verdade, só incendeiam o bolso deles.
Gunnar Vingren e Daniel Berg
foram felizes porque não fizeram do evangelho nem do poder de Deus, suas
agências de publicidade, mas, ensinaram o povo e estes, com toda simplicidade
souberam usar muito bem o que lhes foi confiado, até que... Chegamos aqui. Hoje somos corintianos,
flamenguistas, são paulinos e ainda, falamos com tanto orgulho, dando graças a
Deus por isso. Confesso que não entendo essa relação e o fim que muitos de nós,
estamos buscando. Particularmente, não me inclino para qualquer nome de clube
esportivo, se ganham ou perdem.
Bom voltarmos atrás. Parece-me que
está ficando mais fácil encontrar pentecostais atrás dos teclados que em
atuação nas igrejas.
É isso!
ResponderExcluirLeio, compreendo e fico entristecido por não permitir o agir mais e melhor de quem de direito.
Deus o abençoe e obrigado pela palavra.
Washington
Que a paz de Cristo, inunde o seu coração.
ResponderExcluirComo é bom saber que ainda há homens compromissados com o Evangelho de Cristo, de caráter e com temor.
Seu post está excelente, quero de antemão parabenizá-lo e dizer que é muito bom saber que fazemos parte do Corpo de Cristo.
Deixo o convite para que visites o meu cantinho:
http://frutodoespirito9.blogspot.com/
Em Cristo,
**Lucy***
P.S. Estou indicando o blog de um irmão muito querido.
Mensagens atuais, algumas polêmicas, porém abençoadoras. Vale a pena conferir, fique a vontade para comentar:
http://discipulodecristo7.blogspot.com/
Grato a voces. Visitei o blog de ambos e gostei. Deus os abençoe.
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