Li duas matérias buscadas na rede
mundial e uma série de comentários sobre o assunto nas páginas do facebook. Deixo de citar as referências, em função de
não considerar esta reflexão como refutação ao que se escreveu sobre o assunto.
Confesso que não me sinto confortável
diante de análises e críticas feitas por teólogos, não obstante, amar a
teologia, considera-la uma potencial ferramenta de ajuda para os que desejam
servir no ministério cristão e ainda, como pastor, sempre estimulei os crentes
a que buscassem estudar a palavra de Deus, via escolas teológicas, por quanto,
estas dariam muito conhecimento bíblico sob todos os aspectos. Quanto à interpretação, no melhor sentido,
prefiro dizer que a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo e que o Espírito
de Deus, enviado para nos guiar em toda verdade, é quem fortalece nossas
convicções e permite que busquemos o consenso, pois, não acredito em convicta
interpretação, onde não há consenso; assim sendo, não posso também aceitar que
teólogos, quer reformadores ou não,
sejam vistos como senhores de toda verdade, nem mesmo os chamados pais da
igreja nos primeiros séculos. Espero que essas considerações não me elevem ao
trono dos soberbos, dos presunçosos.
Quando jovem, tive a felicidade
de sentar-me em banco de igreja e ouvir grandes personalidades das nossas
igrejas, que já viveram neste solo e deram suas vidas pela causa do Mestre, de
maneira pura e desinteressada, como também desde jovem, sempre amei a Bíblia
Sagrada, como o maior livro do
mundo, por ser e conter a palavra de
Deus.
Assim sendo; crer ou não crer,
eis a questão. Tudo o que está escrito no novo testamento, deve ser vivido e
lamento que a pressão da nossa sociedade, tem afastado muitos deste principio.
Quero dispensar qualquer
comentário sobre a unção no antigo testamento, pois, nada acrescentará ao
pensamento da nova aliança em que JESUS é o tema central.
Vejam bem, se falo no batismo com
Espírito Santo, muitos se levantariam
para contestar sua eficácia no presente século por conta do mau uso dos dons
espirituais e eu não tenho nada a ver com quem os copia com vistas a enganar ou
estabelecer domínio sobre o rebanho do Senhor. Tenho a ver com a minha absoluta
crença na palavra de Deus.
Sempre me afastei de tudo que
cheire a misticismo: Ungir um doente terminal como se fosse extrema unção, orar
para consagrar instrumentos musicais, orar por documento, orar por aliança e
outro qualquer objeto, nunca fez parte do meu ministério.
De tudo que posso fazer sem me
sentir condenável e que tenha o amparo da bíblia sagrada, é a ação de ungir os
enfermos. O fato de haver apenas duas referências no novo testamento, não se
pode creditar a ação de ungir a uma falsa interpretação dos textos de Marcos e Tiago, sob qualquer
pretexto ou hipótese.
Começando por Marcos 6:13. O
grupo não saiu atropeladamente para o campo missionário; apesar da falta de
detalhes, Jesus deve tê-los instruído sobre o que fazer e como fazer, assim sendo
foram e expulsaram muitos demônios e ungiam muitos enfermos com óleo e os
curavam. Com certeza Tiago estava entre
eles, e incluiu em sua carta, o ato de ungir.
Por que Jesus não ensinou sobre o
ato de ungir ou pelo menos, não se fez qualquer comentário a respeito; bem
disse o autor da carta aos Hebreus (6:1-2) que os ensinamentos de Jesus, eram rudimentos
da doutrina, não tinha o escopo de orientar
a sua igreja de forma escolástica sobre todos os atos e feitos apostólicos,
estendendo-se as igrejas de hoje.
Interessante, nunca tive dificuldades
em entender o texto do irmão Tiago; nunca achei que o óleo efetivamente curasse
ou servisse para consagrar objetos e pessoas, nunca entendi que o óleo da unção
nesta dispensação, devesse ser derramado sobre a cabeça de alguém como exemplos
no velho testamento, sempre entendi e umedeci o dedo polegar com o óleo,
aplicando sobre a testa do fiel e orando por ele, crendo no efeito da oração o
que também, nem sempre ocorria como desejado pelo fiel.
Houve época em que os crentes
pediam mais unção e essa prática foi sendo deixada de lado, quando a razão
começou a tomar o lugar da fé, e as ações sempre levavam o crente às farmácias,
sem desprezar a medicina e os recursos medicamentosos, ao ponto de periodicamente
ter que trocar o frasco com cheiro de óleo estragado, sem o bom cheiro por um
novo e assim sucessivamente.
O óleo era para mim, como um
ponto de aproximação entre o crente e a fé na oração. Muitos nas igrejas em que
fui pastor confessaram as curas recebidas e alguns casos até contra
diagnósticos comprovados por documentos. Outro exemplo está no ato de participar
da Ceia do Senhor, que não tem o poder de curar, todavia, não foram poucos os
testemunhos de pessoas doentes que sentiram a cura no momento de participar do
ato.
Se como um cristão, abro a Bíblia
e leio em suas páginas sobre o que está escrito em Tiago, acharia estranho se o
meu pastor dissesse: “Desculpe irmão, não costumo ungir, não devo ungir, o
texto de Tiago é mal compreendido e não deve ser levado a sério ou coisa que o
valha” eu certamente deixaria de confiar na bíblia, isto me levaria a suspeitar
da sua total revelação.
É uma questão de crer ou não
crer.
Jesus me batizou com Espírito
Santo em Agosto de 1966, ninguém precisa crer, basta o que sinto e a
importância dele em minha vida.
A única conclusão a que chego é
que os exploradores da fé do povo torcem as escrituras sagradas para justificar
suas ações; falha nossa, nos calamos, passamos a nos acomodar e aceitar um
evangelho sem qualquer demonstração de poder e eles entraram sem qualquer escrúpulo.
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