EBD LÇ. 04 “A FUNÇÃO SOCIAL DOS SACERDOTES”.
22/07/2018.
O que escrevo com base nos textos da lição, representa o meu pensamento
e o que posso extrair para o ensino na Escola Bíblica Dominical,
lembrando que os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam
usufruir de um bom e seguro ensinamento. Eles funcionam como
polinizadores; sim, eles dão fruto para o Reino de Deus.
PONTOS:
I – FUNÇÕES CLÍNICAS.
II – FUNÇÕES SANITARISTAS.
III – FUNÇÕES JURÍDICAS..
I – FUNÇÕES CLÍNICAS.
Primeira vez
que esse tema é abordado em nossas lições sob a ótica da profilaxia e das
questões jurídicas, num tempo em que não havia hospitais nem foros, mas Deus
proveu para o seu povo, uma vida cercada dos cuidados necessários para um viver
harmonioso e saudável.
1.1 A inspeção da
lepra.
Diz o autor que naqueles tempos a lepra era a
doença que causava mais repulsa e daí a razão do isolamento.(Lv.13:2).
O Senhor
curou Naamã conforme as palavras do profeta Eliseu (2Rs 5:1-14).
Jesus curou
leprosos (Mt.10:8 e 11:5).
Jesus ainda
cura na direção da expansão do Reino de Deus.
1.2 A inspeção
clínica.
A medicina já
era praticada no Egito conforme se lê em Gênesis 50:2, todavia Israel não
contava com esses cuidados que também para a época era uma atividade muito
limitada a alguns sintomas.
Se houvesse
sinal de lepra nos acampamentos, já habitando em Canaã, o sacerdote devia tomar conhecimento para as
providências profiláticas.
Lembremos que
a lei foi dada a Moisés no Sinai e consequentemente as leis complementares que
tratavam das peculiaridades com a instalação efetiva do sacerdócio a partir da
família de Levi. (Lv. 13:1-37).
1.3 A limitação do
sacerdote.
Quando Jesus
mandou os leprosos curados para os sacerdotes ou aquele que estivesse servindo
no seu turno, não carregava a expectativa de que eles exerceriam alguma
profilaxia para a cura dessa doença, (Jesus já os havia curado) mas examinar
para reentrada no convívio social como também oferecer sacrifícios pela cura.
Levítico
capítulo 14 trata da purificação da lepra e os deveres do sacerdote diante da
constatação.
Nós também
temos essa limitação em relação as curas e há diversas razões para isso que merece
ser explicada aqui, antes que surja uma pergunta nesse sentido:
As curas;
pela autoridade da Palavra ou pelo dom de cura tinha como causa maior, a
expansão do Reino de Deus e a demonstração de autoridade sobre os males.
Mostrar a
força do Evangelho exercida pelos sinais. (Jo.4:48).
Havia ainda a
confrontação da fé do enfermo em várias passagens bíblicas a exemplo da mulher
que tinha o fluxo sanguíneo. (Mc. 5:25).
Em contra
partida, a falta de fé de muitos. “Em Nazaré Jesus não fez muitos milagres por
causa da incredulidade deles”. (Mt.13:58).
No caso dos
sacerdotes, não se lhes havia dado autoridade sobre as doenças, o poder de
curar.
II – FUNÇÕES
SANITARISTAS.
2.1 A função sanitarista do sacerdote.
Realmente, o capítulo 14 de Levítico trata de
profilaxia, dos cuidados que deviam ter com o imóvel que passava por limpeza
até a demolição se necessária
Algo semelhante fora feito no Brasil
principalmente nas regiões pobres do nordeste, por conta da malária e de outras doenças
infecto contagiosas mais recentes como a dengue em que agentes do governo
vistoriavam imóveis com vistas a orientar
à limpeza adequada.
Veja que em tudo, o Senhor cuidou do seu povo.
2.2 A lepra na casa.
Qualquer sinal na parede como manchas verdes e
avermelhadas, mais profundas, já era motivo para chamar o sacerdote para
investigar a causa e efeitos. (Lv. 14:37), tratar do problema e agendar nova
visita até que tudo estivesse em ordem.
Lei acerca da lepra é encontrada em Levítico
capítulos 13 e 14.
A casa sofria interdição por sete dias dependendo
do caso.
2.3 A lepra nas vestes.
Como a lepra, uma doença infecto contagiosa
hoje chamada de mal de Hansen que causa lesões cutâneas poderia estar presente nas roupas, paredes e demais objetos inanimados?
A explicação está no termo original que em
hebraico significa outros tipos de infecções e contaminações por fungos e
bactérias que logicamente sendo danoso à saúde precisava ser erradicada de
alguma forma.
Temos
registro bíblico da lepra sobre Mirian e Arão por terem confrontado
Moisés em sua autoridade, retardando a caminhada do povo até que tivessem sido
curados e certamente pela própria mão de Deus. (Nm.12:10).
III – FUNÇÕES JURÍDICAS.
3.1 Proteção da família.
Quais as ações declaradas em lei que revelavam
a proteção da família?
O texto do autor é altamente esclarecedor, mas
vamos pontuar para facilitar sua leitura e o que significa:
1 Proibição de sacrifício infantil – sacrificar crianças
em cultos a Moloque, deus dos amonitas.
2 – Relações incestuosas (Lv.18:6-9), relação
entre pais e filhos, já pedido na atualidade por grupos o reconhecimento da
descriminalização dessa relação.
3 – Abuso sexual doméstico (Lv. 18-10) de
forma geral.
4 – Exposição das filhas à prostituição
(Lv.19:29) dispensa comentários pela clareza.
5 – Homossexualidade e bestialidade – (Lv.
18:22-23) Com homem não te deitarás, como se fosse mulher;
abominação é;
Nem te deitarás com um animal, para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; confusão é.
Nem te deitarás com um animal, para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; confusão é.
O ponto 5 tem sido causa de muita polêmica por
grupos de defesa(?) dos homossexuais que acusam a igreja de fundamentalismo e homofobia.
Este ponto exige cuidado, pois nunca sabemos o
quanto podem usar expressões usadas em classe para ter de que nos acusar.
Vejamos:
A Bíblia não condena uma pessoa por ter
desvios hormonais ou quem por erro da natureza, tenha um corpo feminino com
órgão sexual masculino e vice versa, que precisa de um reparo cirúrgico. A
Bíblia trata de comportamento e é isso o que diz o ponto 5 por mim enumerado.
A Bíblia condena a bestialidade que é a
relação entre homens e animais ou zoofilia como a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo.
Tudo isto é comportamental e essas práticas têm crescido no mundo.
3.2 Proteção da propriedade
privada.
Este tópico é muito rico em informações; vamos
tentar pontuar para facilitar o ensino:
Em Êxodo 3:7-8, o povo está sendo afligido no
Egito e o Senhor sente sua aflição e decide, falando com Moisés, levar o povo
para uma terra boa e larga, passariam a ter o próprio lar.
Em IReis 21:3 temos o registro de um homem
(Nabote) que cuidava muito bem da sua propriedade a ponto de chamar a atenção
de Acabe para ela. Tanto fez que sob a orientação da mulher, Jezabel, mataram
Nabote para ter a posse da sua propriedade o que lhes custou o reino e a vida.
O atendimento ao pobre é citado no texto para
mostrar que a ação social devia estar plantada no coração do israelita no
sentido de cuidar dos pobres.
3.3 Proteção da vida.
(Dt.22:8) “Quando edificares uma casa nova, farás
um parapeito, no eirado, para que não ponhas culpa de sangue na tua casa, se
alguém de algum modo cair dela.”.
Vários textos encontrados no pentateuco tratam da defesa da vida, da
grávida (Ex. 21:22) como do estrangeiro:
(Lv.
19:33-34) “E quando o estrangeiro peregrinar convosco na vossa terra, não o
oprimireis. Como um natural entre vós será o estrangeiro que peregrina
convosco; amá-lo-ás como a ti mesmo, pois estrangeiros fostes na terra do Egito.
Eu sou o Senhor vosso Deus.”.
Uma legislação completa
e o seu aspecto moral e ético ultrapassa a barreira do tempo e das dispensações.
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Aos Irmãos coordenadores das EBDs: Não torne a lição, um caderno
inútil, fazendo valer os seus argumentos, um estudo à parte desta ferramenta.
Recebo muitas reclamações de irmãos frustrados por conta disso. Há quem crie
argumentos, tão à parte, que inutiliza até o tema proposto para estudo.
Caro professor, presenteie seus alunos
com a “Declaração de Fé das Assembleias
de Deus”. É um material barato e seus alunos irão mostrar gratidão pelo gesto.
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