EBD LÇ. 01
07/01/2018 “A CARTA AOS HEBREUS E A EXCELÊNCIA DE CRISTO”.
O que escrevo com base nos textos da lição, representa o meu pensamento
e o que posso extrair para o ensino na Escola Bíblica Dominical,
lembrando que os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam
usufruir de um bom e seguro ensinamento. Eles funcionam como
polinizadores; sim, eles dão fruto para o Reino de Deus.
Aos Irmãos coordenadores de EBD: Não torne a lição, um caderno
inútil, fazendo valer os seus argumentos, um estudo à parte desta ferramenta.
Recebo muitas reclamações de irmãos frustrados por conta disso. Há quem crie
argumentos, tão à parte, que inutiliza até o tema proposto para estudo.
PONTOS:
I – AUTORIA, DESTINATÁRIO E PROPÓSITO.
II – CRISTO - A PALAVRA SUPERIOR
A DOS PROFETAS.
III – CRISTO – SUPERIOR AOS ANJOS.
Há pouco, perguntei no Facebook de quem seria a
autoria da carta aos Hebreus e uns dizem Paulo e outros Apolo.
Desde a minha juventude que convivo com isto, em
que cada pregador ao citar textos da carta, dizem: “O autor da carta aos
Hebreus” e não sou contra essa posição, mas apesar de alguns pontos serem um
tanto obscuros, notadamente quando a primeira pessoa surge na saudação ou
alguma recomendação, nada usual que indique o apóstolo.
Por que guardo uma convicção que foi Paulo? Pela
escola de judaísmo, seu aprendizado aos pés de Gamaliel de um lado e de outro,
a doutrina da salvação que o autor associa de maneira muito própria as
revelações recebidas do Senhor.
Assim me reservo, sempre que prego, sai como que automaticamente:
“Paulo disse conforme hebreus...”.
Também, não censuro quem omite o nome do autor,
afinal de contas, a riqueza do conteúdo dispensa discussões em torno da
autoria.
(Hb.13:19) “E rogo-vos com
instância que assim o façais, para que eu mais depressa vos seja restituído.”.
1.2 Destinatários.
A carta é carregada de especificidade e não deixa dúvida que o autor
procura abrir os olhos da comunidade hebraica cristã, abordando os fatos que
cercavam a vida sob a Lei associando cada fato, a salvação em Cristo,
soteriologia da forma como apenas Paulo conhecia muito bem, sabendo de quem
havia aprendido.
(Gl.1:12) “Porque não o
recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.”.
1.3 Propósito.
Apesar de ter sido escrita com exclusividade para a comunidade judaica,
ela nos alcança e deixa transparecer que a salvação não é eterna, enquanto
estamos neste corpo, podemos estar em pé ou cair e somente após a morte ou o
arrebatamento quando poderemos cantar o hino da vitória.
(Hb.3:12) “Vede, irmãos,
que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do
Deus vivo.”.
A doutrina da eleição, não determina uma salvação que não possa ser perdida pelo engano do pecado ou pelo
endurecimento de coração.
A carta aos Hebreus é uma pérola entre os demais textos.
II – CRISTO, A PALAVRA SUPERIOR A DOS PROFETAS.
2.1 A revelação profética e a Antiga Aliança.
O autor usa o primeiro capítulo de Hebreus
para mostrar a doce comunhão entre Deus e o seu povo com algo majestoso nessas
revelações, muito superior a glória manifesta no monte em que este, tremia e
fumegava (Hb. 12:18), mas agora ele, Deus, revela o seu filho, feito maior que
os anjos, por quem fez todas as coisas e tem a palavra final.
Pena que nestes dias, o povo prefere a fala
estranha do homem.
2.2 A revelação profética e a Nova aliança.
O texto merece uma divisão para que
todos possam compreender o pensamento do autor.
1 – Deus falou no passado de muitas
maneiras; por sonhos, visões, Urim e Tumim e principalmente, pelos profetas.
2 – “Nos últimos dias”, dias que vem
desde o nascimento do filho, por que é uma palavra eterna. É a palavra do Filho
que permanece para sempre.
3 – Observar que a palavra de Cristo
prevalece sobre tudo e sobre ela assenta-se toda a construção do edifício
chamado de “evangelho” e nada subsiste sem a sua palavra.
4 – “O Espírito de Cristo (...)
continua falando com o povo ...” A percepção é o entendimento pela revelação da
sua palavra.
5 – Deus também fala pelos dons,
todavia isto deve estar sempre em consonância com as Escrituras como dia o
autor.
2.3 Cristo - a revelação final.
O autor traz à lembrança, Amós 3:7.
“Certamente o
Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus
servos, os profetas.”.
Podemos ainda nos lembrar como Deus falou com Abraão ao decidir ela
destruição de Sodoma e Gomorra.
Percebamos que Deus ainda não destruiu este mundo pelo que tem sido, por
conta da palavra do filho que é superior a palavra dos profetas. Sendo o momento como está escrito.
III – CRISTO – SUPERIOR AOS ANJOS.
3.1 Cristo – superior em natureza e essência.
Quando estudamos a “deidade” de Cristo, no novo testamento,
aquela abertura que o Senhor dava aos discípulos e até aos judeus
principalmente a classe religiosa deixando entrever a sua divindade e não foram
poucas vezes, percebemos que o fazia com autoridade por saber de onde tinha
vindo:
(Jo.10:30)
“Eu e o Pai somos um.”.
(Lc.10:22) “Tudo por meu Pai foi entregue; e
ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e
aquele a quem o Filho o quiser revelar.”.
Superior aos anjos.
(Hb.1:4) “Feito tanto mais
excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.”.
3.2 Cristo : superior em majestade e deidade.
Cristo tem supremacia sobre os anjos e mais ainda sobre os homens.
Creio que Cristo foi criado ainda antes dos anjos. Não há muito clareza bíblica
acerca disto, porém não criado na forma como Deus criou os anjos e os homens
que possuem natureza própria e específica,
em nada comparando com o filho de quem se diz:
(Hb. 1:5) “Porque, a qual dos anjos disse
jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E
ele me será por Filho?”.
Assim, ele (Jesus) não teve por usurpação ser igual a Deus. (Fl.2:6).
JESUS não foi criado e sim, gerado e chamado de filho.
Nós, gerados pela Palavra, nos aproximamos de Deus e somos tratados como
filhos.
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