EBD LÇ.
01 02/07/2017 “INSPIRAÇÃO DIVINA E
AUTORIDADE DA BÍBLIA”.
O que
escrevo com base nos textos da lição, representa o meu pensamento e o que posso
extrair para o ensino na Escola Bíblica Dominical, lembrando que os alunos não são estudantes de Teologia,
mas precisam usufruir de um bom e seguro ensinamento. Eles funcionam como
polinizadores; sim, eles dão fruto para o Reino de Deus.
PONTOS:
I –
REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO.
II – A
INSPIRAÇÃO DIVINA.
III –
INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL.
IV –
ÚNICA REGRA INFALÍVEL
Na Bíblia encontramos a razão da nossa fé e nela nos firmamos como um barco à âncora.
Vale usar
uma palavra amiga para advertir os professores das escolas bíblicas dominicais. A EBD é; uma tradição e um forte braço de apoio doutrinário das nossas igrejas
Assembleias de Deus no Brasil e quiçá, fora dele. Esta série de lições não
permitirão “fugas” na responsabilidade do verdadeiro ensino e é o que os alunos
esperam dos senhores. Estudem os assuntos e compartilhem se acharem necessário.
Já temos muita invasão de ensinadores despreparados, causando evasão de alunos que perdem rapidamente o entusiasmo.
I –
REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO.
1.1 Revelação.
A etimologia é a parte da
gramática que trata da origem das palavras; estuda sua origem e o significado.
A raiz é o elemento originário de cada palavra e consequentemente a sua
definição ou significado.
Cremos que a Bíblia, por
sua origem e composição, tem sido o livro mais discutido do ponto de vista
literário sendo ele, para nós que cremos no seu conteúdo, a mais profunda
revelação de Deus ao homem. O autor mostra o sentido da palavra “revelação”
como sendo o ato ou efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido.
A revelação tem
autenticidade nos fatos ou milagres como pelo cumprimento das profecias.
1.2
Inspiração.
Como no ponto 1.1
acima, a lição aborda a “revelação”
vamos entender como inspiração o que descobrimos nessa revelação, que não é
coisa humana, da cabeça de um escritor, pois se fosse, não subsistiria e mais
ainda, uma mente por mais brilhante, não comporia o que inclui revelações sobre
um futuro distante; do Gênesis aos nossos dias.
Vejam por exemplo na
autodefesa da fé, o consistente argumento de Estevão. Em Atos 7 ele começa
falando de Abraão antes mesmo de morar em Harã; passou pela vida de Jacó, José,
Davi, Salomão terminando pela maravilhosa revelação de Jesus em pé, à destra de
Deus. Só mesmo por inspiração.
ICor.
2:9-10.
“
(...) mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não
ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que
o amam, mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra
todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.”.
Tudo o que quisermos saber sobre a
humanidade, vida, morte, religião ou
eternidade, a Bíblia é a única autoridade sobre o assunto. Ninguém precisa apelar
para outras literaturas.
1.3 A
forma de comunicação.
Vamos separar este ponto
rico em informações da seguinte forma:
1 - No processo de comunicação temos as maneiras pelas quais Deus, através dos profetas, fez conhecer a sua vontade e determinação. O autor faz as seguintes
referências para esses meios: Palavra, visão, som e imagem.
A revelação dada a
Ezequiel sobre o presente e o futuro de Israel dá a dimensão dessa comunicação
em que temos; a palavra, a visão e a imagem. (Ez.37) “A visão do vale de ossos
secos”. A imagem também pode referir-se sobre o que ou para quem, os elementos da antiga aliança apontavam e
representavam. Os hebreus tinham a visão material do que viam e nós temos a imagem exata das coisas
(Hb.10:1).
2 – (Hb. 1:1) o autor declara:
“Havendo Deus
antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho...”. Pelos profetas, por meio de visões, sonhos ou
mensagens diretas.
3 – O autor lembra que as
profecias eram geralmente antecipadas com a expressão: “Veio a mim, a palavra do Senhor...”
Aproveito para lembrar
que profecia no Novo Testamento, não tem a mesma dimensão que as profecias da
Antiga Aliança. Basta lembrar a luta de Jeremias com o falso profeta Hananias e
o que dava autenticidade ao profeta da Antiga Aliança (Jr.28 1 e segts). Na
Nova Aliança, nada pode fugir ao que já está escrito.
II – A
INSPIRAÇÃO DIVINA.
2.1 A
inspiração divina.
O autor descreve a origem
do termo inspiração traduzido do grego na forma como encontramos na Bíblia. Como uso há 52 anos a tradução corrigida de Almeida temos:
(II Tm.3:16-17) “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e
proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em
justiça;
Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”.
Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”.
"TODA ESCRITURA" – Que ninguém pense que
houve facilidade em se juntar no Cânon Sagrado, os livros que mesmo com
profundo caráter histórico como os livros de Rute e Ester e os de caráter
filosófico e de saber como Jó, Provérbios e Cantares entre outros tiveram que
ser bem avaliados à luz da revelação do Pentateuco como base e os demais como
elementos da construção do maior livro, a Bíblia Sagrada.
2.2 Uma
avaliação exegética.
Uma questão sempre me incomodou na matéria
que se convencionou chamar de “exegese” que num sentido simplificado quer
dizer: A arte de interpretar textos literários.
Exegese é, portanto, uma ferramenta e fica
sempre a pergunta: Quem está fazendo uso dela e com que intenção. Há quem
queira fazer uso para desqualificar as verdades bíblicas e basta caminhar pelo
terreno pantanoso da rede social ou canais do Youtube para descobrir coisas
assustadoras, nada recomendáveis e que está ao alcance de todos; com ou sem
conhecimento profundo da Bíblia.
Junte-se ao problema das heresias, a má
interpretação dos textos.
Quanto a aplicação, fica pior ainda.
2.3
Autoridade.
Aprecio muito a palavra
“infalibilidade” no tocante as escrituras.
Neste tópico,
além das considerações do autor sobre “autoridade” creio que dois exemplos,
além de muitos, servirão para o professor fechar questão com os seus alunos:
NA ANTIGA ALIANÇA. Além
dos maravilhosos milagres realizados aos olhos de Israel quero fazer uso de um
que representa a palavra de um homem com autoridade sob a Palavra de Deus; Elias e os capitães que foram busca-lo a pedido de Acazias:
(IIRs. 1:9-10) “Então o rei lhe enviou um
capitão de cinqüenta com seus cinqüenta; e, subindo a ele (porque eis que
estava assentado no cume do monte), disse-lhe: Homem de Deus, o rei diz: Desce.
Mas Elias respondeu, e disse ao capitão de cinqüenta: Se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então fogo desceu do céu, e consumiu a ele e aos seus cinquenta.”.
Mas Elias respondeu, e disse ao capitão de cinqüenta: Se eu, pois, sou homem de Deus, desça fogo do céu, e te consuma a ti e aos teus cinqüenta. Então fogo desceu do céu, e consumiu a ele e aos seus cinquenta.”.
NA NOVA ALIANÇA OU NOVO TESTAMENTO.
(Atos
13:8-11) “ (...) mas resistia-lhes Elimas, o encantador (porque assim
se interpreta o seu nome), procurando apartar da fé o procônsul, todavia Saulo, que também se chama
Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele, disse: Ó filho do
diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça,
não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor? Eis aí, pois,
agora contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo.
E no mesmo instante a escuridão e as trevas caíram sobre ele e, andando à roda,
buscava a quem o guiasse pela mão.”.
E a demonstração de poder
na pregação (ICo. 2:4) A pregação de Paulo consistia em demonstração de poder.
Autoridade é isso; a palavra se cumpre.
III – INSPIRAÇÃO
PLENA E VERBAL.
3.1
Inspiração plenária.
O autor usa o termo
“inspiração plenária” para falar da inspiração plena de todos os livros da
Bíblia, sem exceção e sem intensidade maior ou menor de inspiração, inclusive
por que quando se fala em “inspiração divina” consideramos questão fechada.
Isso para quem crê.
Quem crê, não põe em
dúvida nem mesmo o livro de “Cantares” por conta da sensualidade poética que
trata do amor da esposa para com o esposo e vice versa.
OURAS INFORMAÇÕES DO AUTOR NESTE TÓPICO:
a – A Bíblia que Jesus e seus apóstolos
usavam era composta do pentateuco, dos
profetas e dos Salmos.
c – Os escritos dos Apóstolos se revestiam da mesma autoridade e eram “intercambiáveis”, que significa dizer que eram de uso alternado quanto ao reconhecimento dessa autoridade
b – Que posteriormente, a mesma Bíblia usada pelos apóstolos já continham as epístolas considerando que Pedro fez menção delas. (IIPd. 3:15-16).
c – Os escritos dos Apóstolos se revestiam da mesma autoridade e eram “intercambiáveis”, que significa dizer que eram de uso alternado quanto ao reconhecimento dessa autoridade
d – Podemos afirmar com base no ensino do
autor que o antigo e o novo testamento faziam parte da mesma estrutura de
comunicação divina aos homens da forma como foram usados pelos apóstolos; um
texto do A.T. para justificar posição no N.T.
3.2
Inspiração verbal.
No tópico anterior, o
autor tratou da inspiração plenária de todos os livros da Bíblia não apenas por
seu conteúdo e neste, o autor trata da inspiração verbal em que cada palavra
foi inspirada pelo Espírito Santo. Vale dizer que qualquer assunto ou tema
registrado na Bíblia, decorreu da fala dos grandes líderes bíblicos, profetas e
apóstolos.
Primeiro a fala e depois
o registro.
Se a fala é inspirada,
logo, o registro é inspirado.
Poderia ocorrer de
registrarem a fala de formas a prejudicar a inspiração? Humanamente falando sim,
todavia é possível notar que a força da palavra registrada exprime a força da
fala.
O autor também faz menção
da diversidade nos textos sagrados considerando o estilo e a personalidade dos
escritores.
Louvamos a Deus por
sentirmos a força da inspiração verbal.
IV –
ÚNICA REGRA INFALÍVEL
4.1
Proveitosa para ensinar.
Recomendo a leitura da
lição neste tópico que é curto e rico.
Já tratei de tantos
problemas nas igrejas por onde passei, casais, senhores, senhoras, jovens e adolescentes. Avaliando tudo, nunca
tive dúvidas que a falta de abraçar os ensinos bíblicos sempre foi a causa
primaria de todos os males e perturbações.
Há ensinos para todas as
situações, mas o importante é que os ensinos funcionam como vacina, para
prevenção e depois, para o arrependimento.
Lembramos que há ensinos,
não somente para a vida pessoal e familiar, mas para o viver em comunidade,
para obreiros, ministros e ministérios.
4.2 A
conduta humana.
Não precisamos dar “largas”
a observar o mal feito dos outros, todavia a conduta humana diz exatamente o
que a pessoa tem lido no seu dia a dia.
É fácil conhecer uma
pessoa que tem intimidade com a Bíblia.
É fácil conhecer uma
família alinhada com os ensinos da Bíblia.
É fácil conhecer um
pregador que tem intimidade com a Bíblia e é fácil conhecer um pastor que
conduz a igreja sob os conselhos da Bíblia.
(Fl.3:16-17) “(...) mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo. Sede também meus imitadores, irmãos,
e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam.”.
4.3 As
traduções da Bíblia.
Vamos facilitar a leitura
sugerida pelo autor no tocante a tradução:
(Sl.8:4-6) “Que é o homem mortal para que te lembres
dele? e o filho do homem, para que o visites? Pois pouco menor o fizeste do que
os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha
domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: (...).”.
Hb.2:6-8 “(...)
mas em certo lugar testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para
que dele te lembres?Ou o filho do homem, para que o visites? Tu o fizeste
um pouco menor do que os anjos; de glória e de honra o coroaste, e o
constituíste sobre as obras de tuas mãos. Todas as coisas lhe sujeitaste
debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que
lhe não esteja sujeito. Mas agora ainda não vemos que todas as coisas lhe
estejam sujeitas.”.
Percebam
que o autor da carta aos Hebreus não usa o que hoje se usa, o (*)“control C e o
control V ”. Ele interpretou e traduziu para o seu texto o que constava no
original.
(*) Para
quem não tem intimidade com informática, é o famoso “copia e cola”.
Não penso que seja
necessário abordar sobre a quantidade de bíblias traduzidas e distribuídas pelo
mundo todo, mas consta na conclusão, 2.935 línguas por ela alcançadas.
Desejo a todos, uma boa aula.
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