Deparei-me com um jornal Mensageiro da Paz, datado de Junho 2010. Curiosamente, comecei a examinar e na página 27, uma matéria dedicada ao Missionário Eurico Bergstén. Li pausadamente, sem pressa sentindo o gosto de cada palavra.
A foto postada retrata um momento em família, ainda jovem, parece mais um carioca ou mineiro, sei lá, menos com um finlandês. Como é um finlandês? Sei que a maioria é loira, penso logo no povo escandinavo, nos vikings, porém, se aproximar esta foto do Eurico Bergstén de 1960 à frente; não parece ser a mesma pessoa.
Vários trechos chamaram a minha atenção entre os quais destaco:
“A sua preocupação com as ovelhas levou-o certa vez a passar um período intenso de oração em sua casa, chegando a desmaiar por três vezes.”
“Mas quando o avivamento estava no auge, Deus lhe ordenou que convidasse um pastor para assumir a igreja. Eurico passaria a ser o vice-líder. Ele obedeceu e passou a cooperar com o novo pastor...” (grifo meu).
Nas reuniões de obreiros no Belenzinho bem como nas escolas bíblicas anuais, cada vez que o Missionário (assim era chamado) Eurico Bergstén se levantava para cumprir a sua hora de estudo, a igreja parecia em êxtase, recebendo cada palavra e quando surgia algum fato negativo em qualquer parte do Brasil, seu comentário era doce e acalentador, ele sabia como ninguém, controlar os espíritos. Dispensados os comentários, tinha-se a impressão que ele estava em permanente contato com o Senhor; jamais foi visto criticando alguém, nem para dar exemplos, tampouco manifestando atitude arrogante e vaidosa o que deixa de ser incomum nos nossos dias. Enfim, qualquer coisa que se diga ao seu respeito, parece muito pouco.
Poder-se-ia chama-lo de Apóstolo? Possivelmente, sim. Naturalmente, se o chamassem assim, com certeza absoluta, ele recusaria como qualquer pessoa sensata igualmente recusaria; pela simples razão de apóstolo mais parecer um elogio em forma de reconhecimento, para os dias atuais.
Em principio, o titulo de reconhecimento a apóstolo, parece ter sido exclusivo dos primeiros seguidores de Jesus, chamados de discípulos ou seguidores, (Mt.10:1-4; Mc 3:13-19 e Lc. 6:12-16) e posteriormente, enviados, cujo termo correspondente no grego, remete para “apóstolo” conforme Lucas (6:13) que assim o descreve. O termo – apóstolo – tem muito maior força que o encontrado na raiz da palavra. Ao serem enviados, já não eram pessoas comuns, estavam investidos de autoridade sobre doenças e demônios para anunciar o reino dos céus. O que diferenciavam os apóstolos dos profetas do antigo testamento é que estes, os apóstolos, não receberam autoridade para destruir ou abater quem os tentassem impedir. No máximo, deveriam sacudir o pó das sandálias e procurar outra parte para evangelizar.
Paulo, Paulo de Tarso ou Apóstolo Paulo, buscou o reconhecimento no seio da igreja, não para jactar-se de uma posição que pertencera aos discípulos de Jesus, mas, para que os contenciosos reconhecessem que ele, tinha recebido um chamado especial e para tanto, demonstrava isso com poder. Paulo também não aceitaria um título apenas para que o vissem como uma grande personalidade no seio da igreja, como pretendeu Diótrefes (3Joao 9) e como pretendem muitos em nossos dias, Rm. 1:5, ICo. 9:2 e 2Co. 12:12.
Algo que preservo é que por menos referências que se tenha na bíblia, acerca de qualquer assunto, como por exemplo, sobre a unção, deve ser levado em conta, pois, tudo o que foi escrito, para o nosso ensino foi escrito Rm. 15:4.
Assim, era o Apóstolo e Missionário EURICO BERGSTÉN.
Que belo exemplo de ministério! Quais dos "apos-tolos" modernos aceitariam ser vice em suas "Igrejas"? O Missionário Eurico Bergstén era, sem dúvida, um verdadeiro apóstolo (no sentido ministerial, nunca no sentido de título), cujos exemplos deveriam ser imitados!
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