EBD LÇ. 07 13/08/2017 “A NECESSIDADE DO NOVO NASCIMENTO”.
O que escrevo com base nos textos da
lição, representa o meu pensamento e o que posso extrair para o ensino na
Escola Bíblica Dominical, lembrando que
os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam usufruir de um bom e
seguro ensinamento. Eles funcionam como polinizadores; sim, eles
dão fruto para o Reino de Deus.
Aos Irmãos coordenadores de EBD: Não torne a lição, um caderno inútil, fazendo
valer os seus argumentos, um estudo à parte desta ferramenta. Recebo muitas
reclamações de irmãos frustrados por conta disso. Há quem crie argumentos, tão
à parte, que neutraliza até o tema proposto para estudo.
PONTOS:
I – UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO.
II – O NOVO NASCIMENTO
III –
UMA NECESSIDADE.
O novo nascimento não é um "instituto eclesiástico" e se dá a conhecer pela mudança efetiva de rumo e comportamento humano no plano da salvação.
I – UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO.
1.1 Quem era Nicodemos.
O autor descreve Nicodemos, o significado
do seu nome e o que representava político religiosamente, assim, ele era da
seita dos fariseus.
sendo fariseu, porém diferente. Havia
nele, algo de justo e queria descobrir o que faltava.
Os dois textos a seguir, define a
personalidade e o grau de justiça desse homem e nos dá uma rica lição: Não se
deve julgar este ou aquele por conta da sua religião ou ideologia. O tal pode ser mais uma vítima do sistema.
(Jo.7:50,51) “Nicodemos, que
era um deles (o que de noite fora ter com Jesus), disse-lhes: Porventura condena a nossa lei um homem sem
primeiro o ouvir e ter conhecimento do que faz?”.
(Jo.19:39) E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente
se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis de um composto de
mirra e aloés.
O professor não precisa fazer um tratado
da vida dos fariseus. As informações bíblicas nos mostra que tínhamos aí, uma
religião misturada com política que nunca deu certo, portanto uma gente gananciosa, infiel e tudo o
mais que deles disse o Senhor em (Mt.23) “... fariseus hipócritas...”.
1.3 Os sinais efetuados por Jesus.
(Jo.2:23) “... e, estando
ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que
fazia, creram no seu nome.”.
Façamos ideia do que isto representava
naqueles dias e logo após as incessantes pregações de João Batista no deserto:
“É chegado a vós o Reino dos Céus...”. (Mt.4:17).
Esse movimento atraiu Nicodemos.
II – O NOVO NASCIMENTO.
Pode ser exagero considerar que a doutrina
que trata do “Novo Nascimento” seja a maior e a mais desprezada doutrina por significativo
número de igrejas tradicionais e totalmente pelas igrejas neopentecostais? Considero esta doutrina como a porta de
entrada do Reino de Deus.
Não foi sem razão que o próprio Senhor disse: “Aquele que não
nascer de novo não pode ver e não pode entrar no Reino de Deus” (Jo.3:3 e 3:5).
2.1 É necessário nascer de novo
No tocante a investida de Nicodemos, pode
ser dada qualquer interpretação sobre o
que ele esperava do Senhor e nos remete a ida do general Naamã à casa do
profeta Eliseu; sobre o que ele esperava
do profeta. (2Rs.5:19)
Nicodemos só queria conhecer o Senhor e
ouvir algo dele. Deve ter abraçado a causa, pelas ações posteriores.
2.2 Regeneração.
Confesso não apreciar muito a palavra “regeneração”
quando se trata da doutrina do “novo nascimento”, e não penso que os textos sagrados no tocante
a este tão importante assunto, saia prejudicado por conta do nosso vernáculo. Regenerar
dá ideia de recuperação, reconstituição ou renovação moral e é assim que lemos
nos dicionários.
Se posso tentar explicar aos alunos algo
consistente a respeito, até posso associar com a “geração” de Cristo: “Por obra
e graça do Espírito Santo...”. (Mt. 1:20).
Vamos à Pedro: (IPd.
1:23) “Sendo de novo gerados, não de semente
corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece
para sempre.”.
“Semente incorruptível, pela palavra de
Deus...” Isto explica como muitas pessoas ao receberem Cristo em seus corações
pela pregação da palavra da fé viram totalmente as costas para o mundo que não
significa sair dele, mas dos seus desenfreamentos e da linguagem espúria.
O subsídio bibliológico na página 51 também dá essa ideia.
2.3 A perplexidade de Nicodemos.
Vamos isolar alguns pontos importantes
desse tópico:
1 – Muita gente pensa que Deus está
preocupado com religião.
2 – “Mas essas pessoas estão enganadas,
pois a vontade de Deus é a comunhão com as suas “criaturas inteligentes”...”.
3 – “Não significa seguir um conjunto de
regras religiosas ou éticas.
É preciso tomar cuidado para não fazer má
aplicação das palavras do autor:
- Claro que Deus não está preocupado com
religião, pois caso contrário não teria enviado seu filho ao mundo, pois
religião é coisa que não falta. As coisas estão sendo banalizadas de tal forma
que as pessoas estão valorizando mais a “placa” do que o conteúdo.
- “Criaturas inteligentes” é o que nos
separa dentro do reino animal. Não vale pensar que Deus tem predileção pelo “QI”
humano.
III – UMA NECESSIDADE.
3.1 O Estado humano.
O estado humano é
mostrado na Bíblia, de muitas formas. A primeira é com relação ao pecado dito “original”
quando e por ele, todos pecaram. A segunda é mostrada pela crescente violência nos primeiros anos de vida da criação (Gn.4:23
e Gn.6:5) piorando neste final de tempo e com certeza pela aproximação das
pessoas e rapidez de informações
promovidas pela Internet ou “rede mundial de comunicação”.
Penso que o pecado sob as
mais variadas formas, cresceu em práticas vergonhosas e em violência urbana.
3.2 Saulo de Tarso.
Temos aqui neste tópico um texto rico do
autor e causa de muitas discussões e dúvidas principalmente em lares cristãos,
cujos filhos ficam à perguntar: “Preciso nascer de novo ou a herança do exemplo
deixado pelos pais me construiu?
O autor usa a figura e
vida de Saulo para mostrar que religião e vida religiosa não diplomam ninguém
para o céu nem promove o Novo Nascimento que é o tema abordado.
Vamos falar dos nossos
filhos.
Os filhos são
santificados pelos pais, se permanecerem na obediência e em crescente amor a
Cristo a exemplo de Timóteo.
(2Tm. 1:5) “Trazendo à memória a fé não fingida que em
ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou
certo de que também habita em ti.”.
“Estou certo que habita em ti.”.
O momento em que acontece o novo nascimento
em nossos filhos é muito impreciso e nada tem a ver com o “levantar de mãos”
naquele culto aquecido pela mobilização do povo sob o comando do pregador,
salvo quando a mensagem for inteiramente
bíblica ou ‘cristocêntrica” e sem
emocionalismos. O gesto de ir à frente pode revelar que houve sim, o despertar
pelo novo nascimento.
Considero que a ideia de que o filho de
crente não é crente e que precisa aceitar Jesus é uma ideia muito subjetiva;
costume nosso. Filho de crente é crente sim e quanto ao novo nascimento é algo
pessoal que não cabe à terceiros, inferir-se na questão que é de ordem pessoal
e íntima entre cada um e Deus.
3.3 O centurião Cornélio.
Eba! Que texto rico oferecido pelo autor.
Vale a pena fazer leitura dele em classe.
O que não vale? Institucionalizar a
doutrina da eleição pelo pensamento de Calvino que Cornélio era um eleito e que
Deus apenas cumpriu seu propósito de busca-lo.
“Porque tudo o que dantes foi escrito,
para o nosso ensino foi escrito” (Rm.15:4).
Os emblemáticos casos como o de Cornélio e
Saulo foram trazidos ao nosso conhecimento para mostrar que Deus está atento a
cada passo do homem, tanto o bom quanto o ruim em termos de comportamento e que
ama os que amam a justiça, exceto Saulo que se mostrou um abortivo tanto para a
salvação como para o apostolado.
Deus promove meios para abençoar o homem e
alcança-lo.
Sempre digo que as exceções de Deus não
podem ser transformadas em regras por nós.
Ninguém pode ficar de fora do novo
nascimento e querer considerar-se salvo. O novo nascimento é mostrado na vida
das pessoas quando elas corajosamente rompem com a forma de viver segundo o
mundo.
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