EBD LÇ. 8 19/11/2017
“SALVAÇÃO E LIVRE-ARBÍTRIO”.
O que escrevo com base nos textos da lição, representa o meu pensamento
e o que posso extrair para o ensino na Escola Bíblica Dominical,
lembrando que os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam
usufruir de um bom e seguro ensinamento. Eles funcionam como
polinizadores; sim, eles dão fruto para o Reino de Deus.
Aos Irmãos coordenadores de EBD: Não torne a lição, um caderno
inútil, fazendo valer os seus argumentos, um estudo à parte desta ferramenta.
Recebo muitas reclamações de irmãos frustrados por conta disso. Há quem crie
argumentos, tão à parte, que inutiliza até o tema proposto para estudo.
PONTOS:
I – A ELEIÇÃO BÍBLICA É SEGUNDO A PRESCIÊNCIA DIVINA.
II – ARMÍNIO E O LIVRE ARBÍTRIO.
III – ELEIÇÃO DIVINA E O
LIVRE-ARBÍTRIO.
A Bíblia mostra que o pecado cega o entendimento do homem, mas não o incapacita de fazer suas escolhas e hoje, mais do que em outros tempos os caminhos, para a vida e para a perdição eterna estão bem evidenciados pelas escolhas feitas. (IICor.4:4).
I – A ELEIÇÃO BÍBLICA É SEGUNDO A
PRESCIÊNCIA DIVINA.
1.1
A eleição de Israel.
Com base no texto do autor, que é bíblico,
poderíamos afirmar que a eleição de Israel, serve de espelho para refletir o
que é a chamada e eleição do cristão, individualmente?
Plenamente possível.
Imaginemos: De Abraão a Cristo o povo de Israel
passando pelos diversos períodos:
(Eles) Assentamento em Canaã. (Nós) Pela fé “habitamos”
as regiões celestiais em Cristo. (Ef. 2:6)
(Eles) A Lei. (Nós) As ordenações doutrinárias sob a graça. (IPd.
1:2)
Os altos e baixos da vida da nação apontam para os
altos e baixos da vida cristã individualmente.
Após o advento do Messias e por um tempo ambos se fundem: Israel deixa de ser (em tese), tratada como
nação para se fundir aos gentios pela redenção na cruz.
O relógio profético parou para o povo judeu por um tempo. (Rm.2:29)(*).
(*) É preciso tomar cuidado pois
há os que se pegam na letra para tentar
desqualificar Israel como nação. No milênio, a sua glória será restabelecida.
A igreja ascende com Cristo na sua vinda e no milênio Israel como nação.
Israel se misturou com os povos e a igreja
(Eclésia) se mistura igualmente.
Israel gozava do livre-arbítrio e o cristão,
igualmente. Ambos tem liberdade de fazer suas escolhas. Ml.2:11 e Gl. 5:7.
“Israel esteve sujeito a queda e nós entramos em
sua história:
(Rm 11:18-19): “(...) Não te
glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que
sustentas a raiz, mas a raiz a ti. Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para
que eu fosse enxertado...”. A resposta é;
ocasionalmente sim..
Não misturar a igreja do Senhor, a noiva de Cristo
com qualquer desajuste do cristão.
Rm.11:21 é também um texto que mostra que a
salvação está condicionada a obediência a Cristo e a sua palavra.
“Porque, se Deus não poupou
os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também.”.
Deus não tem filhos prediletos, eleitos e impecáveis. Somos todos filhos
por sua graça e a fidelidade convém a igreja.
1.2 A eleição para a salvação.
Deus quer que todos se salvem.
ITm. 2:3-4 “Porque isto é bom e agradável diante de Deus
nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao
conhecimento da verdade.”.
A salvação é um plano. Ou se está dentro dele ou
fora dele. A escolha é do homem.
Há quem defenda outra linha doutrinaria alegando que o homem morto
em peado, não pode decidir pela sua salvação. Ignoram que “morte” não significa
aniquilação da espécie e no caso, significa “separação”.
Os que são visto sob a presciência de Deus são chamados eleitos. Ef. 1:5.
1.3 A presciência divina.
O autor faz considerações importantes neste ponto:
Deus sabe de todas as coisas de antemão.
Deus pode interferir na história da humanidade.
Deus sabe quem responderá positivamente ao convite.
Nem todas as pessoas atenderão ao apelo
(Is.53:1). A graça é resistível.
Vale lembrar que as parábolas do Senhor, quase sempre apontam para os
homens na aceitação ou rejeição voluntaria como pelo descuido da vida
espiritual; Vejamos:
As dez virgens – representa o descuido da vida espiritual quando alguns
afirmam que a salvação é eterna para os eleitos. Não há possibilidade de queda.
(Mt.25).
A grande festa (Lc.14:16) Mostrando o empenho para trazer as pessoas e
de qualquer plano social.
Entre
tantos outros textos.
II – ARMÍNIO E O LIVRE ARBÍTRIO.
2.1 Breve histórico de Jacó Armínio.
As informações do autor acerca de Jacó Armínio, atendem ao espaço para
dar uma mostra de quem foi Armínio cuja escola, convencionou-se chamar de
“arminianismo”.
Defendeu o livre-arbítrio e essa doutrina é a doutrina esposada pelas Assembleias
de Deus que ainda conservam a boa doutrina.
Precisamos estar atentos para que ninguém venha ensinar esta importante
doutrina com desvios à calvinista.
Quero apenas lembrar que esta divergente visão entre dois grandes grupos
não comprometem a salvação, todavia quem segue a escola “arminiana”, tem maior
disposição para evangelizar. O tempo nos mostrou isso diante de quase 55 anos(*)
militando a vida cristã.
(*) Tempo de crente não dá privilégios. É apenas para mostrar as coisas
vividas e observadas através dos anos.
2.2 O livre arbítrio.
Dt. 30:19 “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra
vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe
pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência”.
Como
dizem: “desde que o mundo é mundo...” Já no Éden, a livre e má escolha do casal
marcou os destinos da humanidade.
Para
que ninguém diga que apenas citamos texto do A.T. vamos citar pelo menos um do
Novo Testamento.
(Mt.
19:11-12) “(...) Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo
o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me. O
jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas
propriedades”.
Se isso não for liberdade de escolha, nada mais será.
2.3 O livre-arbítrio na Bíblia.
Funde-se ao texto anterior (2.2), mas o professor, conforme o tempo disponível
pode ainda citar os textos oferecidos na lição.
III – ELEIÇÃO DIVINA E O LIVRE-ARBÍTRIO.
3.1 A eleição divina.
Com base no texto do autor, quero selecionar algumas
frases:
“A
eleição é uma escolha soberana de Deus.”.
“Tem como objeto de seu amor, os seres humanos”.
“(...) Não leva em conta o mérito
humano”. Não considera em tese, a prática das boas obras que parte do dever
social de todos ainda quem nem todos pratiquem.
Assim, conforme o autor e que corresponde ao nosso entendimento, pela
eleição nos aproximamos de Cristo e ele
em nós fazendo um corpo espiritual.
Obs. As obras não são suficientes para a eleição/salvação, todavia
agrada e muito ao Senhor a exemplo de Cornélio. (Atos 10:1).
3.2 A possibilidade da escolha humana.
Poderia copiar aqui os apontamentos do autor, todavia ressalto-os para
compreensão de quem não é aluno das EBDs.
Jo.3:16 “Para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna”.
(grifo meu). A obediência é o fim da lei
ou de qualquer outra ordenança.
3.3 A possibilidade da escolha humana.
Confere o autor, a possibilidade de escolha do ser humano, declarando
que não fomos criados como “robôs autômatos”, mas com capacidade de pensar e de
fazer as nossas escolhas.
Os que contra argumentam essas verdades, apela para o entendimento visto
em seus argumentos, que o morto não pode escolher amanha graça e já dissemos em
várias outras publicações que mortos em delitos e pecados, trata das coisas
espirituais, sem afetar o cérebro do individuo. Morte nunca representa “aniquilação”
e sim, separação.
“Separados estais de Cristo, vós os que
vos justificais pela lei; da graça tendes caído.”. Gálatas 5:4
“Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis
na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus
Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”. 2
Coríntios 13:5
“E ao anjo da igreja que está em Sardes
escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas:
Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.”. Apocalipse 3:1
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