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sexta-feira, 25 de maio de 2018

”ÉTICA CRISTà E PLANEJAMENTO FAMILIAR.". LÇ 9 EBD 27/05/2018


EBD LÇ. 09 27/05/2018  ”ÉTICA CRISTà E PLANEJAMENTO FAMILIAR.".


O que escrevo com base nos textos da lição, representa o meu pensamento e o que posso extrair para o ensino na Escola Bíblica Dominical,  lembrando que os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam usufruir de um bom e seguro ensinamento.  Eles funcionam como polinizadores;  sim, eles dão fruto para o Reino de Deus.


PONTOS:
I – CONCEITO GERAL DE PLANEJAMENTO FAMILIAR.
II –  O QUE AS ESCRITURAS DIZEM S/ O PLANEJ. FAMILIAR.
III –  ETICA CRISTÃ NA LIMITAÇÃO DO NUM DE FILHOS..

 Uma família bem estruturada é uma bênção para os pais principalmente na velhice.





   
I – CONCEITO GERAL DE PLANEJAMENTO FAMILIAR.

Já tendo lido previamente a lição, com certeza vou respeitar o argumento do autor, mas em alguns pontos, darei o meu parecer sobre o tema, cabendo a cada um fazer o próprio julgamento considerando que “planejamento familiar” é uma questão dos últimos 50 anos em tese.
  
1.1   Controle de natalidade.

O autor considera ser necessário separar e compreender as diferenças entre “controle de natalidade” e  “planejamento familiar”. Vamos ao estudo!.

Não é tão fácil quanto parece, mas vamos dizer que controle de natalidade está para os países pobres ou para os pobres como planejamento familiar está para os países ricos ou ricos. Próximo disso temos que o controle da natalidade tem por trás uma política de reduzir o crescimento demográfico em países pobres. O planejamento familiar tem outras vertentes:

a) Os que planejam por vaidade feminina.
b) Os que querem uma família controlada por questões financeiras e partilhas.
c) Como forma da família classe média defender o bem estar, a educação e a saúde dos seus filhos.  

Vê-se que o controle de natalidade não é algo produzido no coração dos país ou familiares, mas uma politica de contenção populacional.

O relatório Kissinger, foi um estudo cujo autor apontava para esterilização em massa ou mesmo uso de contraceptivos para conter o aumento demográfico como ameaça para os países ricos.

O relatório Kissinger foi produzido pelo então poderoso secretário de estado Norte Americano Henry Kissinger (1974) com vistas a neutralizar o crescimento populacional nos países pobres.

Cumpre-se a teoria Malthusiana (nada com profecia) do pastor anglicano e economista Thomas Robert Malthus (1766-1834) que a população cresceria em ordem geométrica (2, 4, 8, 16, 32 64, 128...) enquanto os alimentos cresceriam em ordem aritmética (2, 4, 6, 8, 10, 12...). Enquanto isso, as indústrias enchem os alimentos de conservantes, responsáveis pela superlotação nos hospitais.
  
A China é hoje o grande exemplo de interferência estatal para o controle de natalidade.

A FAO aponta que cerca de  33% de tudo o que é produzido, vai para o lixo e isso daria para alimentar os países pobres do continente africano, mas a visão do mundo desenvolvido não é essa.

1.2   Planejamento familiar.


O nordestino sempre foi alvo de zombaria no Sudeste por conta das famílias numéricas Vale lembrar que o NE viveu sempre da agricultura familiar e nisso, filhos representavam a força de trabalho. Hoje tudo mudou. O avanço tecnológico na indústria e no campo tem reduzido a mão de obra, portanto, menos filhos necessários à mão de obra no campo.

Apenas a agricultura familiar que mantém a forma manual de produzir, precisa de mão de obra que atenda suas necessidades.

Dói ver o pequeno agricultor abandonado no campo sem assistência básica para si e seus familiares.


II – O QUE AS ESCRITURAS DIZEM SOBRE  PF.

2.1 A família e a procriação da espécie.

Fundamentalmente o que lemos nas escrituras e não desce a detalhes dos nossos conflitos, trata da ordem divina decorrente da criação do mundo, dos seres vivos animais que seguem a sua natureza procriadora e em especial o homem, criado à imagem e semelhança de Deus. (Gn1:27).

 A sentença mais conhecida no mundo todo:

(Gn.1:28) E Deus os abençoou e lhes disse: “...multiplicai-vos  e enchei a terra”.
(Gn 9:7) Após o diluvio: “... mas vós frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra e multiplicai-vos nela” Após o diluvio.
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Não há o que discutir quanto a progressão populacional, mas obviamente Deus não está exigindo que uma família faça tudo isso até por conta da capacidade limitada da mulher em gerar filhos; nem por isso, pode-se usar qualquer texto de Gênesis para pensar no planejamento familiar.

O que entendemos é que muitas questões ligadas aos seres humanos, principalmente os conflitos modernos, tem estado ao alcance da razão e da busca do entendimento bíblico.

Nesses casos, a oração deve ser parte da nossa vida de dependência total a Deus, sabendo que ele sempre tem o melhor para todos nós, sem contudo inviabilizar a ideia de que o planejamento familiar deve ser a causa do entendimento entre marido e mulher.

Casei-me com a jovem Edna muito cedo e completamos 48 anos de vida conjugal em 25/04/2018; temos 4  maravilhosos filhos com diferenças de 4 anos de idade e de forma muito natural, sem estresses, conduzimos nossa casa e eu fazia uso da tabela de Ogino-Knauss que sempre funcionou e quando deixou de funcionar foi por teimosia nossa. Após a terceira cesárea, foi feito o ligamento das trompas.

Ligamento das trompas é a cessação definitiva da procriação, ainda que a medicina tem seus meios de reverter o processo, não no caso de quatro cesáreas.

2.2 O planejamento familiar no Antigo Testamento.

Em muitas reuniões cristãs nos lares e por ocasiões especiais, fazemos a leitura dos Salmos 127 e 128 e na prática, não sustentamos isso.

a) Os filhos são herança do Senhor.
b) Como pedras na aljava do valente.
c) Tua mulher como árvore frutífera  e teus filhos como plantas de oliveira em redor da mesa.

O autor cita exemplos como:

- A fertilidade era vista como uma dádiva.
- A esterilidade era motivo de discriminação.
-  Mulheres de patriarcas estéreis sofreram até que Deus lhes abiu a madre e
A lei do levirato  que consistia no ato do cunhado suscitar  descendência ao falecido que não deixara filhos à viúva.
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Não há registro de qualquer tentativa de personagens da bíblia terem tentado o planejamento familiar e o caso de Onã, foge dessa discussão (Gn.38:8-9), mas nos mostra que sabiam como evitar filhos.

Onã não pecou contra Deus, mas desobedeceu a lei de Deus e pagou o preço. Alguém pode dizer que;  pecar e desobedecer é a mesma coisa, mas no caso, havia prescrição legal para que ele cumprisse  o dever.

2.3 O planejamento familiar no Novo Testamento.
Com o mais absoluto respeito ao autor e não pretendendo aqui promover qualquer discórdia ou constrangimento, tenho uma visão completamente afastada do pensamento do autor que vê em alguns textos, a ideia de planejamento familiar, até porque, os exemplos citados abrem espaço para o milagre sobre mulheres estéreis como aconteceu com Sara, mulher de Abraão (Gn. 18:10); Ana, mãe de Samuel (ISm.1:20) e os textos referidos pelo autor:

O nascimento de João Batista (Lc.1:57).
O anúncio do nascimento de Jesus e os filhos de Maria ao longo da vida. (Mt. 1:18) e (Mt. 13:55-56).

O fator multiplicador,  nos casos acima, não ocorreram por interferência humana considerando a quantidade de filhos de cada família; não há esse registro, mas uma pergunta pode ficar sem resposta: Por que Maria não teve filhos com nossas mães nordestinas?

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III – ÉTICA CRISTÃ NA LIMITAÇÃO DOS FILHOS.

3.1 A questão do fator multiplicador.

Diz o autor que quem se opõe ao PF considera a limitação de filhos uma desobediência ao mandamento da procriação conforme Gênesis 1:28.

O Brasil é muito grande e fraco em educação e até mesmo em bons ensinos bíblicos, daí considero que seja possível que alguns pastores ou ensinadores, “esmaguem” o coração de muitos irmãos considerando uma ofensa contra Deus, limitar o número de filhos.

O autor considera que a ordem de procriar é geral e não específica e nesse sentido, cremos que todos concordamos.

A ordem de procriar seria específica se na Lei de Moisés houvesse indicações estabelecendo normas para o fator multiplicador de filhos e não há..

Ainda neste tópico, o autor pergunta:

É PECADO NÃO GERAR FILHOS? E responde:

“Não gerar filhos não é pecado desde que os motivos alegados não atentem contra a soberania de Deus”  e emenda:

“Do contrário, os solteiros, os viúvos, os eunucos e os casais estéreis estariam em pecado”, com as devidas citações bíblicas.

Seria interessante se o autor desse pelo menos um exemplo do que feriria a soberania de Deus considerando que o planejamento familiar é praticado por casais saudáveis.  

No tópico abaixo o autor cita a questão de “culto ao corpo” e penso que isto responde o que significa ferir a soberania de Deus.


3.2 A questão ética no planejamento familiar.

Temos neste tópico uma questão que considero da maior seriedade.

O autor fala em “oração”; “devemos falar com Deus e pedir a sua aprovação através da oração.”.

De que forma Deus responderia a isto, considerando que o autor da carta aos Hebreus (Hb.1:1) declarou que antigamente Deus falava aos pais pelos profetas e nos últimos dias, pelo filho. Não quero dizer com isto que não se deva orar sem cessar, por tudo o que nos incomoda como também por tudo que faz parte da nossa vida e do evangelho, mas a questão do planejamento familiar deve ser exercido à luz da razão e da Palavra de Deus.

Levemos em conta aquilo que chamamos de “exceção” que é quando Deus opera ou fala à sua maneira a alguém.

Ainda neste tópico o autor pergunta:

É pecado limitar o nascimento dos filhos? E responde:
(Gostaria de reproduzir o comentário do autor que considero muito interessante).

O autor considera que não, salvo quando houver motivação presunçosa e utilitarista   e  considera feliz a família que programa os seus filhos para poder cuidar deles de maneira mais digna e disso, todos nós compartilhamos e temos como verdade.

MINHA VISÃO ACERCA DESSE ASSUNTO.
É pecado planejar a família?

Fiz menção das muitas críticas feitas aos nordestinos pela numerosidade de filhos. Meu avo foi pai de 32 em dois casamentos.

Por longos anos vi pessoas criticarem os nordestinos e achando-se mais  inteligentes pelo propósito  de planejar suas famílias.

Eu não acho isso nada inteligente, acho isso um mau necessário.

Quando algumas irmãs vinham consultar-me acerca da limitação de filhos e perguntavam se era pecado,  eu respondia que sim para em seguida dar-lhes a explicação da melhor forma e necessária.

A vontade de Deus é que a mulher seja fértil, interferindo em casos por nós conhecidos através da bíblia e quantas mulheres choram para ter filhos e o milagre acontece em nossos dias, não para todas e não podemos dizer que nem todas fraquejem na fé. Veja o que declara o Apóstolo Paulo:

“(ITm 2:15) Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.”.

Ou seja, cumprindo a maternidade como esposa e mãe de família.

Pois bem!

Quando me perguntavam se era pecado planejar, eu respondia que sim, que era pecado, todavia um pecado não cometido contra Deus, mas contra si mesmo.. Todos nós sabemos da importância dos filhos na velhice dos pais.

Vale a máxima, “quem tem um filho, não tem nenhum”. Já vi muita mãe chorar a perda do único filho depois de ter fechado a madre.

Quando a igreja demonizava os contraceptivos, pílulas, considerando que tem método de proteção contra a gravidez que é abortivo, eu ainda jovem, aconselhava quem precisasse e estivesse preocupada com a gravidez anual que além de tudo, esmagava a mulher fazendo-a parecer mais velha em muitos casos, nos casos em que a mesma não tinha um resguardo tranquilo e com boa alimentação.

Hoje levamos em conta a situação do pais e a facilidade com que jovens entram no caminho do crime quando a pobreza insiste em permanecer nas suas casas.
Oura questão que ainda jovem observava, é que os pastores batiam forte nos crentes contra o planejamento, mas não os via assistir as famílias pobres de forma conveniente. Isto me incomodava muito.

A medicina reconhece que a mulher mantendo a sua maternidade, se protege de muitas doenças, principalmente o câncer de mama além de outros benefícios (Ciência e Saúde – G1).

Abraço a todos e uma boa aula.


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Aos Irmãos coordenadores das  EBDs:  Não torne a lição, um caderno inútil, fazendo valer os seus argumentos, um estudo à parte desta ferramenta. Recebo muitas reclamações de irmãos frustrados por conta disso. Há quem crie argumentos, tão à parte, que inutiliza até o tema proposto para estudo.

Caro professor, presenteie seus alunos com  a “Declaração de Fé das Assembleias de Deus”. É um material barato e seus alunos irão mostrar gratidão pelo gesto.

                           

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