EBD LÇ. 04 22/04/2018 “ÉTICA CRISTÃ E O ABORTO”.
O que escrevo com base nos textos da lição, representa o meu pensamento
e o que posso extrair para o ensino na Escola Bíblica Dominical,
lembrando que os alunos não são estudantes de Teologia, mas precisam usufruir
de um bom e seguro ensinamento. Eles funcionam como polinizadores;
sim, eles dão fruto para o Reino de Deus.
PONTOS:
I – ABORTO: CONCEITO GERAL E BÍBLICO.
II – O EMBRIÃO E O FETO SÃO UM SER HUMANO.
III – TIPOS DE ABORTO E SUAS
IMPLICAÇÕES ÉTICAS.
I – ABORTO: CONCEITO
GERAL BÍBLICO.
1.1 Conceito geral de aborto.
Escrevo para quem tem a revista da lição e para quem não
tem, é assim!
Aborto no comentário do autor significa
interrupção do nascimento e ele puxa a raíz da palavra, de origem latina como
sendo: “abortus” – ab = privação e ortus = vida.
Privação da vida ou cessação dela seja na
forma ainda embrionária, o óvulo fecundado ou o feto, a criança já em formação
primária.
1.2 O aborto no contexto legal.
O autor cita o que as leis prescreveram ao
longo dos tempos desde Hamurabi até o nosso Código Penal. Todos eles
criminalizavam o aborto.
Hamurabi (1810-1821) Condenava o aborto.
Código Napoleônico (1769-1750) considerava
crime hediondo.
Código criminal no Brasil Império (1830);
complementa o autor que no Brasil o aborto ainda e crime.
Todos somos testemunhas da pressão que parte
da sociedade e minoria representada por movimentos sustentados pela esquerda
faz na Câmara e no Senado para descriminalizar o aborto.
Há duas hipóteses em que o Código Penal prevê
o aborto: Risco para a mãe e estupro.
1.3 Conceito bíblico de aborto.
Escreve o autor: “Na lei mosaica, provocar a interrupção da
gravidez de uma mulher era tratado como ato criminoso (Ex.21:22-23).
Note-se que no texto acima citado o agente do
aborto, não é a grávida e seu marido e sim, um agente externo que provocou o
dano à semelhança daquilo que frequentemente vemos em nossos jornais como os acidentes
de trânsito e as vítimas de violência urbana,
1.4 O aborto na história da igreja.
A história da igreja no presente tópico está
representada pelo pensamento e opinião de alguns dos seus representantes e os
citados são:
O ensino dos dez apóstolos (Séc. I) (Em outras
fontes de informações, dizem: 12 apóstolos e o Didaquê, que é chamado de “catecismo
cristão”, escrito por volta do anos 60-90, após a era apostólica condenava o aborto.
Para Tertuliano (1520-220) como para Tomás de
Aquino (1225-1274) o aborto era considerado crime.
Independente
da questão do aborto, todo pensamento deve ser avaliado à luz da Bíblia.
II – O EMBRIÃO E O FETO SÃO UM SER HUMANO.
2.1 Quando começa a vida?
Expõe o autor, o pensamento dos cientistas que concordam que
a vida tem inicio a partir do óvulo fecundado, que se dá o nome de zigoto, ou a
fixação do óvulo fecundado; nisso concordamos.
Com essas afirmações, vale dizer que a vida surge a partir da fecundação, e não depois quando as células se repartem
e se unem para formar o corpo; outros consideram a vida a partir da 14ª semana
ou ainda 25ª semana.
Zigoto
é a união da célula masculina, espermatozoide, com a célula feminina ou óvulo.
2.2 O que diz a bíblia.
O autor cita Jeremias 1:5: “ Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que
saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta.”.
A linguagem bíblica citada acima, como também em outros textos bíblicos, revela a visão que seus autores
tinham de Deus de como Deus nos vê. Na verdade, esta visão tem valor profético ou
escriturístico.
A Bíblia, literalmente não trata desse assunto
sob a ótica das ciências.
2.3 Qual a posição da igreja?
A posição da igreja é e tem sido a de defender a vida humana desde a
concepção sabendo que o aborto em linhas gerais, é a destruição da vida para afastar
uma gravidez indesejada ou esconder o
adultério.
III – TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS.
3.1 Aborto de Anencéfalo
Má formação do tubo neural que traz ao mundo, uma criança que viverá no
estado vegetativo.
O STF legalizou em 2012 a possibilidade de interromper a gravidez.
A ciência tem avançado muito nos exames pré-natalinos e consegue
diagnosticar sem possibilidades de erro essa condição do feto.
Para o autor é incoerente defender os direitos humanos e ao mesmo tempo
agir de modo discriminatório em relação aos anencéfalos. Cita Rm 2:11: “Para
com Deus, não há acepção de pessoas".
Sem pretender polemizar, considero que o texto não leva a esse alcance pois
trata do conceito de preconceito humano diante da possibilidade de salvação de todos
os homens.
3.2 Aborto em caso de estupro.
É preciso dividir este tópico em dois blocos:
No primeiro, o autor trata da flexibilização da
lei que permite o aborto em caso de estupro, inclusive casos sem comprovação efetiva que
tenha ocorrido o estupro.
No segundo, o autor considera que o estupro, um crime, não pode conduzir a outro crime, o aborto.
PRECISO PENSAR!
Ficamos a imaginar. O cidadão está dentro do seu
lar, asilo inviolável pela Constituição Federal, de repente o seu lar é
invadido por bandidos que barbarizam a família e estupram as mulheres, de
forma violenta forçando ao coito e despejando ali, doenças venéreas,
possivelmente AIDS e a jovem sendo forçada a carregar nove meses o fruto da
violência no seu ventre.
Fica claro que a condução da gravidez vai trazer
ao mundo uma criança que não pediu para nascer e com certeza, será amada, pois
não tem culpa do abuso.
Se muitos pastores podem opinar pelo menos, teoricamente
que não permitiriam o aborto, posso por mim, como cidadão opinar que entregaria
a vítima, filha ou esposa ao inteiro cuidado médico para a limpeza do útero, sem esperar semanas quando o corpo
já está em formação.
Espero não ser julgado impiedosamente pela minha
opinião que não representa a opinião pastoral.
3.3 Aborto terapêutico.
É compreendido como o aborto que visa proteger
a vida da mãe diante de um perigo iminente de sanidade do feto.
O autor defende a sacralidade da vida humana, aponta para textos que defendem o respeito à vida: (ISm.2:6) e Fp.1:23-24).
Temos conhecimento e não poucos de crianças
que nascem com alguma irregularidade e fazem a alegria dos pais.
Outra ponderação do autor é que não temos o direito
sobre a vida;
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Aos Irmãos coordenadores de EBD: Não torne a lição, um caderno
inútil, fazendo valer os seus argumentos, um estudo à parte desta ferramenta.
Recebo muitas reclamações de irmãos frustrados por conta disso. Há quem crie
argumentos, tão à parte, que inutiliza até o tema proposto para estudo.
Caro professor, presenteie seus alunos
com a “Declaração de Fé das Assembleias
de Deus”. É um material barato e seus alunos irão mostrar gratidão pelo gesto.
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