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sábado, 17 de agosto de 2013

NÃO TOQUEIS NOS MEUS UNGIDOS E SUAS FRONTEIRAS.

Não se toca no ungido de Deus. Desde a minha juventude, como novo converso, ouço essas afirmações em forma de conselho e isso tem como origem, o texto de ICr 16:22, ação de graças e cântico de Davi bem como no Salmos 105:15 que numa boa leitura, observar-se-á que as recomendações não são específicas em relação à aqueles que por estrita ordem legal, recebem a unção com óleo, no caso, os sacerdotes e mais tarde, os profetas e reis.
IRs 19:15-16 "E o SENHOR lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco, vem e unge  a Hazael rei sobre a Síria, também a Jeú, fillho de Ninsi ungirás rei de Israel e também a Eliseu filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar. Considere-se também, a unção de Acabe, como rei em Israel e depois dele,  Davi.

A vida de Saul, foi uma vida tumultuada, de desobediências e reprovações. Desde o início do seu reinado, já seria possível compor o tipo de personalidade de Saul. As coisas foram a cada período, se complicando quando ele demonstrava não ter qualquer habilidade para cuidar dos problemas do seu reino, tampouco, coragem para confiar em Deus e afastar seus inimigos, até a intervenção de Davi, a morte do gigante Golias e a perseguição de Saul sobre Davi, totalmente cego pelo ciumes contra o brilho de Davi, diante do povo por suas constantes vitórias.

Ameaças e perseguições pautam a vida de Saul. Davi foge da presença de Saul e vai para o Deserto de Zife, faz aliança com Jônatas, filho de Saul. O palco das perseguições se deram nos desertos de Zife e En-Gedi. Em En-Gedi, Saul chegou com 3.000 homens de guerra para prender Davi e estou o soube. 

ISm 24:4-11 Davi corta a orla do manto de Saul, porém, com grande arrependimento, ele diz que jamais tocaria no "ungido do Senhor" mesmo sabendo da situação espiritual do rei e a sua fraqueza. Gritou para Saul, mostrou-lhe a orla do manto e repetiu as palavras, o que jamais faria.

Antes de entrar no mérito do assunto. Algo que sempre me indignou nas igrejas é a posição de crentes murmuradores que falam mal do seu pastor, por todo e qualquer motivo, sendo a principal razão, o sentir-se excluído de alguma maneira, ou de uma oportunidade na liturgia do culto para pregar e ou cantar, ou ainda pela falta de oportunidade de  ascensão ao ministério.Sempre que uma pessoa se sente excluída, ela passa para o lado contrário, desprezando amizades e benesses a ela dispensadas ao longo dos bons tempos  e torna-se uma ferrenha inimiga do seu pastor, que antes, era aos seus olhos; "homem de Deus". 

Quando há uma ruptura ou divisão decorrentes de alguma ação contra o pastor, a igreja se divide em três grupos:  1/3 fica com o pastor, considerando as ações contra ele injustas, 1/3 vai para uma nova igreja com o líder da rebelião que no geral, nunca se trata de pessoa bem intencionada e 1/3 perdem a fé, preferem não ir a qualquer igreja. Claro que esses números são hipotéticos e não estão embasados em qualquer pesquisa, mas, algo assim acontece sempre.

Quem primeiro precisa cuidar do "ungido" é o próprio pastor ou líder, preservando o máximo possível a sua imagem diante do povo, vivendo uma vida correta, honesta no trato das coisas e finanças da igreja e cuidando para que não haja prevaricação da doutrina esposada pela igreja, sempre com base na Bíblia Sagrada.

Há recomendações bíblicas de como se deva agir em caso de prevaricação? Sim, a Bíblia nos ensina que não devemos aceitar acusações contra os presbíteros ou bispos da igreja, se não for por boca de duas ou três testemunhas. Quando falo em presbítero ou bispos aqui, refiro-me ao pastor da igreja que tem extensão administrativa em suas atividades, ITm 5:19.

No novo testamento e logicamente na vida da igreja, não encontramos qualquer referência que diga que não se deve denunciar desmandos do pastor, todavia, isso exige extremo cuidado, pois, há muitos interesseiros cujo objetivo é derrubar o pastor por pura vaidade pessoal e interesses pessoais, leiam o texto da terceira carta de João quando falam acerca de Diótrefes.

Claro que entendemos que o presente século tem projetado em muitos homens de Deus, ganância, vaidade e  interesses pecuniários além do necessário a uma sobrevivência digna para uma vida feliz e capaz de manter e educar a família, envolvimento com políticos e políticas que ferem a harmonia, tão necessárias a igreja e não apenas nas igrejas evangélicas; vimos como a coluna da igreja católica, mega estrutura religiosa, está apodrecida, por ministros gananciosos, pedófilos, corruptos e isso, tem-se tornado público, não escapando as críticas que não poupa sequer, o  papa.

Conheço muitos casos de ministros subordinados, que sofrem com suas famílias, por falta de assistência por parte dos ministérios a que servem.

Quando a igreja deixa de cumprir suas metas de assistência aos pobres e aos fins a que se destina, isto por si, já é um sinal de afastamento do eixo central que é Cristo e logicamente, fica uma ferida aberta, atraindo os devoradores de toda classe e ordem.

Quando tomamos em nossas mãos, a responsabilidade de tentar mobilizar pessoas com vistas a fazer guerra contra aqueles que tem responsabilidades na condução da igreja, devemos observar se os danos das nossas ações, não serão muito mais prejudiciais ao povo e a obra que os fatos que exijam reparos. Fica sempre a pergunta: Quem pagará a conta pelas vidas perdidas. A outra questão, ainda mais importante é: Quando tomamos em nossas mãos o direito de justiça, chamamos Deus de cego, surdo e mudo e para isso, quero lembrar que o próprio Deus, vendo as ações de Saul, conduziu por Davi o seu afastamento do trono. Quando o povo de Israel se sublevou contra o sistema e pediram um rei, o Senhor lhes disse por intermédio de Israel que ele sim, era o rejeitado.

Finalmente, não devemos fazer coro, principalmente contra os que não sabendo conduzir questões, preferem achincalhar pessoas que como prova, ao invés de serem abandonados pelo povo, cercam-se de maiores carinhos e os incomodados, acabam indo procurar outra igreja que os acolha.

Com tudo que escrevemos, não significa que nos acovardamos diante de situações que exijam reparos. Com sabedoria, faz-se uma melhor guerra.

Um pastor sensato, tem diante de si, inúmeros sinais de reprovação do seu ministério e atuação frente a igreja que pastoreie: Perda e conflitos  frequentes de membros, conflitos entre os membros da sua diretoria e a falta de espiritualidade nos cultos. 



    

2 comentários:

  1. Prezado Pr. Genival, infelizmente, hoje alguns ungidos tem feito por onde merecer duras críticas comportamentais. Que Deus tenha misericórdia de nós!

    Abraços!

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  2. Daladier Lima, infelizmente é verdade. provocam. O problema é que muitos justos, tem apanhado por conta dos maus obreiros. Grande abraço e muito obrigado pela participação.

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