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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

TELA MUITO QUENTE.

Segunda a noite, Tela de Sucessos. Um filme com Steven Seagal. Terça, outra Tela, com filme não menos violento.
Vi um pedaço de cada. Como dizem nas esquinas, o pau comeu solto do começo ao fim: As balas nunca acabam dos revólveres e das metralhadoras. Os golpes de lutas marciais, permitem ouvir os ossos quebrando (efeito sonoro) e o herói ou vilão? Saindo de peito erguido.
Acordei em plena madrugada, orei agradecendo a Deus pelas horas de sono, benditas horas;  uma preocupação na minha mente outra na ponta dos dedos para digitar algo que certamente nos ajude a compreender, o porquê de tanta violência,  principalmente nas escolas e com protagonistas cada vez mais jovens, chegando a infância.
Percorri o labirinto da minha memória, para encontrar os filmes de Chaplin, o Gordo e o Magro, Cantinflas e outros grandes comediantes. Quando garoto, a minha maior diversão além das brincadeiras de rua, tinha o cinema. Toda matinê, estava lá, curtindo os filmes, no meio daquela algazarra a cada movimento engraçado dos atores. Ops! Tinha também os filmes de faroeste, quem não lembra de John Wayne, Kirk Douglas e outros atores interessantes. Lembro-me também que mesmo esses filmes de ação, sem excluir até o Lampião, Rei do Cangaço, ninguém enfiava a mão na goela do inimigo para puxar o estômago para fora. Vamos ao que interessa:
Lembro-me que nos filmes de ação, o mocinho sempre vencia e eu, como criança, percorria a distancia entre o cinema e a minha casa, voando nas nuvens, feliz por que o mocinho tinha feito justiça e eu queria ser como ele, fazer justiça, como não podia, era muito franzino, ficava feliz da vida por que alguém fizera justiça por mim.
Hoje, temos homens nas áreas de humanas; Psicólogos, sociólogos, educadores e todo mundo tentando entender o que leva uma criança a empunhar uma arma e destruir vidas inocentes.
Os filmes a que assistia, tinha um forte efeito no meu emocional, só não chegava a ser devastador por que o enredo não era pesado.
Pense em uma criança hoje. Não tem mais brincadeiras de rua, tem games violentos, nem mesmo Aldous Huxley, em “O admirável mundo novo” previu o que a computação está oferecendo. Estão aí, levantando a adrenalina da garotada, que buscam um  grau cada vez maior de violência para se divertir.
A resposta está na capacidade de absorção de cada indivíduo. Nem todos tem a mesma estrutura para assistir ou conviver com a violência sem se apossar dela, como se um demônio fosse e vai ver que é.
Da ficção a realidade um passo e o estrago está feito. Um revolver escondido em casa é o suficiente para completar a ideia da criança, que ela protagonizará a maior cena de heroísmo. Pena que as vezes nem desconfia que não poderá assisti-la nos jornais eletrônicos.
Tem solução? Creio que sim, mais é preciso deixar muita gente danada de raiva, é preciso se impor contra o lixo televisivo despejado nas salas de casa, é necessário que baixe o fogo da ganância por lucro e ibope fáceis; todos, teremos a ganhar com uma atitude politicamente correta.

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