PALAVRA DE CONTADOR.
Igreja é um ótimo “empreendimento”
para quem quer lavar dinheiro.
Tenho que ser duro e
não há outro jeito. Nunca ouvi expressão mais estúpida que essa quando dita de
forma discriminatória e difamatória, generalizada. Para atingir todas de forma
preconceituosa.
Já abri algumas
igrejas e tenho algumas sob meus cuidados administrativos, além de viver igreja
por quase 60 anos, sei muito bem o que digo.
A Constituição Federal
do nosso país garante aos templos
religiosos ou simplesmente igrejas em que se inclui o conceito geral de
religião, total “imunidade” tanto do ponto de vista tributário como da
inviolabilidade somente gozadas pelas representações diplomáticas.
Deixo de citar os
artigos do instrumento basilar por ser apenas uma reflexão, sem pretensão a uma
análise jurídica, pois não sou jurista e meus conhecimentos se fundamentam pelo
gosto à leitura.
Todos nós conhecemos a
história das religiões ou igrejas em nosso país que para cá migraram; Igreja
Católica, Presbiterianas, Batistas e outras foram surgindo com o passar do
tempo.
A Igreja Católica
firmou-se em nosso solo de maneira
soberana pela forte expressão de influência junto as autoridades governamentais
de todas as instâncias, dando-lhes o privilégio de se instalarem nos melhores
lugares, de acumular riquezas e propriedades, acredito que nada mensurável ou
pelo menos, publicável. Suas riquezas são depositadas aos pés do Vaticano.
As demais foram
modestamente conquistando espaço sob perseguição empreendida pelo catolicismo
exacerbado, com requintes de violência em alguns cantos do nosso grande
território.
Os missionários Daniel
Berg e Gunnar Vingren aportaram em nossas terras, em Belém do Pará e após serem
expulsos da igreja Batista que frequentavam e moravam, por conta da orientação
pentecostal, fundaram a igreja Missão de Fé Apostólica em 1911, tornando-se o
maior movimento pentecostal da América Latina e assim, conquistaram o Brasil
sem a doutrina da prosperidade e outras enganações.
Com o surgimento dos
movimentos chamados neopentecostais, algumas pessoas desprovidas de
sentimentos, de temor a Deus e pior ainda, de caráter, acharam nesse veio, uma
grande chance de “ganhar dinheiro sem fazer força” e tudo por conta da
insatisfação de muitos que diante da severidade doutrinária, procuravam algo
que pudesse conciliar a fé e a vida social sem muito exercício de dedicação
doutrinária.
Com essa singela
expressão dos fatos, vimos surgir “igrejas” como IURD, Mundial e outras que pelo fácil
enriquecimento dos seus líderes, lançaram uma fumaça suja poluindo as igrejas
tradicionais e algumas delas, usando o próprio nome de Assembleia de Deus, por
ser uma marca de domínio público.
Neste vasto
território, há centenas de igrejas evangélicas, cujos pastores se desdobram
pela sobrevivência, muitos trabalham em ofício material para sustentar suas
famílias, conheço muitas nessas condições e outras que sequer podem pagar
honorários à contador para mantê-las bem organizadas sob a exigência das leis. A
uma delas, dispensei qualquer cobrança.
Vamos aos fatos que
tratam de lavagem de dinheiro e outros crimes.
Não se pode penalizar
a maioria por conta da minoria de homens corruptos que a Bíblia os chama de “cães”,
obreiros fraudulentos e outros adjetivos publicáveis.
Muitas
reclamações lidas nas redes sociais
procedem por conta de ministérios que enriquecem seus “presidentes” e
principalmente quando servem de cabide para a vida fácil com funções
administrativas ocupadas por filhos e parentes diversos e até mesmo com o nome
de missionários que vão para países desenvolvidos muito mais com o objetivo de
enriquecer o currículo e idiomas que qualquer outra coisa.
Não são todos os
pastores que trocam de carro todo ano e que moram em coberturas.
Com a explosão do
crime de corrupção, possivelmente alguns tenham tirado proveito da situação e
outros até, quem sabe, abriram “igrejas” como forma de lavar o dinheiro
desviado dos cofres públicos e quem sabe até de outras fontes criminosas.
No momento em que
escrevo isto, estou no meu escritório trabalhando e na porta, o meu Clio2000,
pois nunca usei de meios sórdidos para enriquecer. Minha esposa e filhos podem
se orgulhar do pai que têm.
O Brasil possui um
ministério público capaz, uma rede de inteligência policial muito competente,
assim bastaria investigar os sintomas de
enriquecimento rápido e certamente ilícito e tratar com esses criminosos
travestidos de pastores, mesmo que o dinheiro saísse em forma de remuneração
lícita, chamada de “prebenda” pastoral.
Finalizando esta breve
reflexão sobre o assunto, quero dizer que a nossa Pátria deve e muito as
igrejas evangélicas, pois nas cadeias, só tem “ex crentes” que foram desobedientes
a Palavra de Deus, recusaram o amor da
verdade e resolveram entrar na vida de bandido.
Milhares de famílias têm sido abençoadas com
os bons ensinos, casamentos regenerados, milhares de jovens que não ficam pelas
ruas praticando vandalismo e destruindo vidas.
Se todos obedecessem
ao evangelho de Cristo, com certeza a população carcerária não seria tão
expressiva e onerosa aos cofres públicos como de fato é.
Assim peço a Deus que
milhares de igrejas não sejam prejudicadas por conta da vilania instaurada nos
meios evangélicos. Fora, com os exploradores da fé.
(*) Idiossincrasia = Gr.idiosugkrasía; Daqueles
que acham que igreja é tudo igual; são todos roubadores e merecem castigos.
Caro pastor Genivaldo,
ResponderExcluirInfelizmente existe uma acusação sem precedentes no meio evangélico. Este causado pela indiciplina de muitos que são conceituados por evangélicos por carregarem em suas mãos uma Bíblia.
Precisamos urgente de uma LAVA JATO entre as lideranças de nossos dias, seguindo o exemplo dos políticos à nossa volta.
Falta-nos líderes envolvidos com o Evangelho com Simplicidade para que haja uma entrada nos trilhos da recuperação da credibilidade de um povo sedento da verdade.
Importante que o despertar seja movido pela total responsabilidade diante de Deus e a certeza que não podemos parar diante deles nestes últimos dias do Final dos Tempos.
O Senhor seja contigo nobre pastor e amigo,
O menor
Artigo coerente bem redigido. O assunto? Urgente!! Sou filho de pastor e tenho em minha família muitos pastores, com os quais, gozei de um relacionamento aberto, porém, com o respeito que sempre dispensei. Aprendi com meu pai a ser "patrão" do dinheiro, porque o mesmo não aceita desaforos e com meu genitor, aprendi que devemos respeito a Deus muito mais que aos homens e aos bens que podemos auferir com o dinheiro. Em minha singela biblioteca tenho livros que tratam da contabilidade e legislação para igrejas e sei que existem muitos homens sérios, ao contrário dos que se deixam seduzir pelo modo de vida nababesco em nossos arraiais...falo nosso, porque sei de salários e bonificações pastorais que extrapolam o bom senso a muito tempo. Quem está desejando o episcopado, já vai na "onda" de também fazer do ministério o seu trampolim para o sucesso e isso implica em ignorar tudo que seja moral ou ético. Um abraço e parabéns meu pastor.
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